O candidato à vice-Presidência da República Fernando Haddad (PT) disse nesta quinta-feira (16) que vai priorizar a melhoria de qualidade do ensino médio e
Redação Publicado em 16/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h52
O candidato à vice-Presidência da República Fernando Haddad (PT) disse nesta quinta-feira (16) que vai priorizar a melhoria de qualidade do ensino médio e promover uma reforma no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele também prometeu que vai investir na formação de professores, caso a chapa de seu partido seja eleita.
A afirmação foi feita durante entrevista da série de encontros “Diálogos Educação Já”, que reúne candidatos para debater temas exclusivos sobre educação básica pública.
O evento foi promovido pelo movimento Todos Pela Educação e pelo jornal “Folha de S. Paulo”, em São Paulo. Os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também participaram.
Haddad listou os feitos na área da educação no período em que o PT estava no governo e ele ocupava o cargo de ministro da Educação, mas garantiu que agora, em um possível novo mandato, vai priorizar o ensino médio. “No ensino médio nós estamos devendo, por isso vamos fazer o que faltou.”
O candidato disse que considera o projeto pedagógico aplicado no ensino médio dos institutos federais o melhor do país, por isso vai criar novos modelos de governança incluindo o sistema S, que mesclem escolas boas e ruins.
“Nós precisamos de mais compromisso do sistema S com o ensino médio e nós vamos exigir isso por lei se precisar, vamos exigir isso por lei. E os institutos federais que tem aí quase 600 unidades, eles vão ter que pegar aquelas escolas de ensino médio que estão bem fraquinhas, com alta evasão, baixo indicador de qualidade e vão ter que adotar essa escola numa parceira de co-gestão e fazer a diferença. Se tiver que formar gente, vai formar, se tiver que capacitar diretor, vai capacitar, qual o problema? Fica uma ilha de excelência desconectada de todo o mundo. Vou criar pontes com o sistema estadual.”
Haddad também afirmou que vai promover reformas no Enem e que vai unificá-lo à Prova Brasil, especificamente aos alunos do terceiro ano do ensino médio. Hoje estes estudantes fazem estas avaliações separadamente: a Prova Brasil avalia os conhecimentos em matemática e língua portuguesa, e o Enem funciona como exame de seleção ao ensino superior.
“O Enem tem que ser a Prova Brasil do terceiro ano do ensino médio. Você vai fazer duas provas? Prova Brasil e Enem, onde é que tem no mundo uma coisa assim? Só aqui. O governo recuou, ao invés de fazer do Enem o componente curricular obrigatório criou a Prova Brasil de terceiro ano.”
Como política de valorização dos professores, Haddad diz que a chapa vai atuar em duas frentes de trabalho criando uma prova nacional de ingresso na carreira docente e definindo uma nota mínima no Enem para que os candidatos entrem em cursos de licenciatura.
“A prova de seleção dos professores é muito ruim, ela não cobra aquilo que deve ser, deve aderir ao dia a dia, o chão da escola. Ela pergunta sobre legislação, pergunta sobre sociologia da educação, pergunta sobre a história da educação e não pergunta sobre educação, então os temas das provas de concursos são sofríveis do ponto de vista do que se almeja. Nós queremos professores motivados, que saibam atuar em sala de aula. É triste dizer, mas a gente não trata o professor como um profissional, é um ofício sofisticadíssimo dar aula”, afirma.
O candidato afirma que as faculdades de educação vão ter se adaptar à prova nacional, mas que antes de ser implementada ela será discutida com vários movimentos que representam a categoria e a sociedade civil.
Sobre definir uma nota mínima no Enem para que os candidatos ingressem em cursos de licenciatura, Haddad diz que se trata de uma lei aprovada que nunca saiu do papel. “Você não vai ter um sistema educacional melhor do que a qualidade do magistério por definição.”
“Eu vejo muitas vezes jovem entrando na carreira de docente com 450 pontos no Enem, você acha que em 4 anos essa pessoa vai estar apta a ensinar? Se está provado que ela terminou a educação básica sem ter aprendido, não por culpa dela, evidente que não, mas se a pessoa chegou ao final da educação básica com 400 pontos no Enem, não adianta o setor privado querer botar pra dentro pra cobrar mensalidade dessa pessoa”, diz o candidato.
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