Especialistas avaliam os impactos do retorno do mecanismo no custo de energia elétrica
Mateus Omena Publicado em 08/11/2022, às 13h16
Faltando quase dois meses para assumir o cargo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já começou a consultar os brasileiros sobre questões polêmicas. No entanto, na última segunda-feira, o político relembrou um tema que sempre divide opiniões: o horário de verão.
Em suas redes sociais, Lula publicou uma enquete sobre a volta do horário de verão e qual é a preferência da população a respeito disso.
“Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?”, escreveu no post.
Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?
— Lula (@LulaOficial) November 7, 2022
O assunto sempre atrai diferentes pontos de vista das pessoas, pois existem aquelas que gostam do horário de verão, e outros que enxergam suas desvantagens. Até as 9h desta terça-feira (8), o resultado da enquete apontou que 68% dos usuários pediam a volta do horário de verão, e 32% se manifestaram contra.
Na última sexta-feira (4), o ator Bruno Gagliasso chegou a tocar no assunto e pediu a volta do horário de verão ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. “Horário de verão é o Brasil feliz de novo!”, escreveu no Twitter. Já Alckmin respondeu o ator com um emoji ao estilo “anotado”.
Em seguida, o apresentador da TV Globo Rodrigo Bocardi reclamou: “Ah para! nada disso, nós madrugadores também queremos acordar com a luz do dia!”.
Existem muitas dúvidas sobre as vantagens e as desvantagens do horário de verão, mas a pergunta que pega muitos consumidores é “o horário de verão ajuda a economizar energia?”.
De acordo com informações do jornal Estado de São Paulo, novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que a aplicação do horário de verão neste ano não traz benefícios para a operação do sistema elétrico nacional.
O Ministério de Minas e Energia (MME) analisou, em agosto, a possibilidade do retorno do horário de verão, após sua extinção, feita em 2019, pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O mecanismo foi criado no país, em 1931, com o objetivo de aproveitar o maior período de luz solar durante a época mais quente do ano.
Por outro lado, mudanças nos hábitos do consumidor e avanço da tecnologia trouxeram um novo cenário, no qual o horário de verão deixou de ser eficiente, especialmente para a economia de energia ao longo dos anos. Esse foi o argumento usado pelo governo Bolsonaro para extinguir a medida em 2019.
O estudo recente foi feito justamente para esclarecer se houve alguma alteração nesse panorama com o crescimento da geração de energia solar, principalmente com a expansão dos sistemas de geração distribuída. A pesquisa consistia em entender quais seriam os efeitos de adiantar o pico de consumo do início da noite para um horário em que ainda há sol e geração dessa fonte, o que poderia reduzir a necessidade de acionar outras que podem custar mais caro.
No final, o estudo concluiu que: a medida não traria benefícios para a economia de energia. O horário de verão poderia contribuir, mesmo que levemente, a atenuar o consumo nos horários de ponta. Diante do diagnóstico, o governo descartou a volta do horário de verão.
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