Diário de São Paulo
Siga-nos
Apagão

“Faltou planejamento e beirou a burrice”, disse Alexandre Silveira sobre Enel

Cerca de 430 mil casas permaneciam sem energia na região metropolitana de SP nesta tarde

Cerca de 430 mil casas permaneciam sem energia na região metropolitana de SP nesta tarde - Imagem: Reprodução / Agência Brasil
Cerca de 430 mil casas permaneciam sem energia na região metropolitana de SP nesta tarde - Imagem: Reprodução / Agência Brasil

Gabriela Thier Publicado em 14/10/2024, às 18h56


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou severas críticas à concessionária Enel, responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista, apontando como "quase insensato" o corte de empregos sob o pretexto de modernização do sistema.

Durante uma entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (14) Silveira enfatizou a ineficácia da modernização sem a presença física de trabalhadores para solucionar problemas estruturais. Ele afirmou que, apesar dos avanços tecnológicos, "quando o problema é físico, você precisa de pessoas no local para realizar os reparos". A falta de planejamento por parte da empresa foi destacada pelo ministro como um equívoco que "beirou a burrice".

Na mesma ocasião, Silveira relatou que aproximadamente 430 mil residências permaneciam sem energia na região metropolitana de São Paulo até o início da tarde daquele dia. Ele destacou que mais da metade das interrupções no fornecimento foi causada por quedas de árvores e galhos, reiterando a necessidade da presença de equipes em campo para lidar com essas ocorrências.

Para mitigar a crise energética que assola São Paulo desde a última sexta-feira, o ministro anunciou a mobilização de 2.900 profissionais do setor elétrico provenientes de diversas regiões do Brasil, além do envio de 200 caminhões e numerosos equipamentos de reparo para a cidade. Este esforço coordenado foi possível graças ao diálogo com outras operadoras do setor, segundo informou Silveira.

O ministro não poupou críticas à Enel por sua ausência de previsões concretas para o restabelecimento do serviço e descreveu isso como uma falha significativa tanto na comunicação quanto no cumprimento contratual com os consumidores paulistanos. Foi estabelecido um prazo de três dias para que o fornecimento seja completamente normalizado. O governo federal, conforme ressaltou Silveira, está determinado a restaurar o serviço energético na maior cidade do país.

Compartilhe