Diário de São Paulo
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CARTÃO DE CRÉDITO

Entidades do comércio defendem o parcelamento sem Juros

As associações afirmam que a modalidade de pagamento é fundamental para a população e sua extinção acarretaria em perdas bilionárias para o varejo

Cartões de Crédito. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil
Cartões de Crédito. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil

Marina Roveda Publicado em 24/08/2023, às 07h48


Nove entidades ligadas ao comércio, serviços e empreendedorismo divulgaram um manifesto em defesa do parcelamento sem juros em compras feitas com cartão de crédito. Esse posicionamento ocorreu após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter levantado a possibilidade de limitar essa forma de pagamento.

As associações que assinaram o manifesto incluem a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).

No manifesto, essas entidades argumentam que o parcelamento sem juros é crucial para a economia, destacando que, no ano passado, essa modalidade representou metade das compras realizadas com cartão de crédito no Brasil, movimentando mais de R$ 1 trilhão, o que equivale a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O documento enfatiza que o parcelamento sem juros é essencial para consumidores, comércio e serviços. Para os consumidores, permite adquirir produtos ou serviços com condições que se ajustem ao orçamento. Para o comércio, representa uma linha de crédito de capital de giro mais acessível e a oportunidade de fidelizar clientes.

O manifesto também destaca que estudos indicam que a eliminação do parcelamento sem juros poderia resultar em uma perda de R$ 190 bilhões para o varejo, causando um efeito dominó em outros setores da economia. Portanto, as entidades consideram inaceitável que essa modalidade seja extinta, taxada ou alterada, defendendo a prevalência da livre concorrência.

A presidente da Abranet, Carol Conway, afirmou: "Do nosso ponto de vista, a livre concorrência deve prevalecer".

Essas entidades buscam preservar o direito dos consumidores de realizar compras parceladas sem juros e assegurar a importância dessa modalidade para o setor comercial e a economia em geral.

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