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INFLAÇÃO

Entenda como o aumento dos combustíveis pode impactar a inflação

Economista avalia, no entanto, que o custo de vida está ‘controlado’

Bomba de combustível. - Imagem: Reprodução | Flickr
Bomba de combustível. - Imagem: Reprodução | Flickr

Marina Roveda Publicado em 14/08/2023, às 08h25


O repasse dos aumentos nos preços dos combustíveis para os consumidores pode exercer pressão sobre a inflação durante o segundo semestre. No entanto, o economista André Perfeito adverte que o custo de vida está sob controle.

"Não devemos esperar taxas de inflação negativas constantemente. É possível que vejamos, em geral, um aumento na inflação. Porém, não há indícios de que isso vá sair do controle. Minha única preocupação com a inflação é devido a uma defasagem significativa no preço da gasolina no México em comparação com a variação do preço internacional, e isso terá que ser repassado aos consumidores", observa.

Quanto à política de juros, André Perfeito não antecipa cortes agressivos na taxa Selic. Ele explica que a sinalização para o mercado é crucial e acredita que haverá críticas adicionais ao Banco Central.

"O mercado não se concentra apenas na taxa Selic. Ele observa as taxas de juros projetadas para três, cinco e dez anos no futuro. Portanto, não realizar cortes tão profundos na taxa de juros pode ter um efeito semelhante a cortá-la, pois pode manter o mercado mais equilibrado. No âmbito político, não prevejo nenhum alívio para o Banco Central. O presidente Campos Neto terá que enfrentar muitas críticas por parte da classe política e do empresariado", afirma André.

O economista também ressalta que aprimorar a eficiência da máquina pública é um desafio para qualquer governo. Em relação às mudanças tributárias previstas pela reforma em andamento, André considera que o período de transição, de 2026 a 2033, é bastante extenso.

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