Carrefour deixa de vender produtos da PepsiCo por motivo plausível

O Carrefour, uma das principais redes de varejo na França, anunciou que não comercializará mais produtos da PepsiCo em suas lojas, a partir desta quinta-feira (04) devido aos preços elevados. Itens como o refrigerante Pepsi e as batatas fritas Lay’s serão afetados por essa decisão. Um porta-voz do Carrefour afirmou que as prateleiras que antes abrigavam produtos da PepsiCo agora exibirão um aviso informando que a marca não está mais disponível devido aos aumentos de preços considerados "inaceitáveis".

Essa não é a primeira vez que varejistas em vários países adotam medidas semelhantes diante dos aumentos praticados pela PepsiCo. No ano passado, empresas na Alemanha e na Bélgica interromperam as encomendas dos produtos da marca. Essa estratégia faz parte das negociações de preços, que têm se tornado cada vez mais tensas. O Carrefour tem se destacado como um dos varejistas mais ativos em desafiar as grandes empresas de produtos de consumo e alimentos em relação aos preços.

Para combater a inflação, o governo francês solicitou aos varejistas e fornecedores que encerrem as negociações anuais de preços em janeiro, dois meses antes do habitual. Os preços ao consumidor na França aumentaram 4,1% em dezembro em relação ao ano anterior, segundo dados preliminares da agência de estatísticas INSEE. No entanto, a inflação anual de alimentos desacelerou de 7,7% para 7,1% em relação ao mês anterior.

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Jamais sabote a si mesmo afirmando que não possui determinadas competências

Diante desse cenário, o ministro francês das Finanças e da Economia, Bruno Le Maire, ameaçou impor impostos especiais às empresas de alimentos caso elas não repassem seus custos mais baixos para os consumidores. O objetivo é garantir que os consumidores não sejam afetados pelas altas contas de energia e que as empresas não obtenham lucros considerados "indevidos". Em outubro de 2023, a PepsiCo anunciou planos de aumentos "modestos" de preços em 2024, devido à demanda que persistiu mesmo após reajustes anteriores, aumentando a previsão de lucro pela terceira vez consecutiva.