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Calor impulsiona o consumo de energia no Brasil para 5,7% em fevereiro

Altas temperaturas contribuem para aumento no uso de eletricidade, revela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

Calor. - Imagem: Reprodução | Freepik
Calor. - Imagem: Reprodução | Freepik

Marina Milani Publicado em 28/03/2024, às 08h25


Os termômetros elevados e a retomada de alguns setores da economia impulsionaram o consumo de energia no Brasil em fevereiro, registrando um aumento de 5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta quarta-feira (27).

De acordo com a análise da CCEE, o crescimento no consumo de eletricidade está diretamente ligado às condições climáticas adversas do mês, que impulsionaram o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado para alívio do calor intenso. Além disso, a melhor performance de determinados setores da economia contribuiu significativamente para esse aumento.

Setores como bebidas, comércio e madeira, papel e celulose foram os que mais se destacaram, registrando as maiores taxas de crescimento no consumo de energia, principalmente devido ao aumento na produção. No caso do comércio, o calor também influenciou o crescimento, com o uso intensificado de equipamentos de refrigeração em estabelecimentos como shoppings, hipermercados e supermercados.

Outro fator relevante para o aumento do consumo de energia foi a entrada de mais empresas no mercado livre de energia. Desde o início do ano, empresas com contas de luz em torno de R$ 10 mil têm a possibilidade de negociar seus contratos diretamente com fornecedores no mercado livre, sem a obrigação de adquirir da distribuidora local.

Dos 73,5 mil megawatts médios (MWm) consumidos no mês, 63,4% foram provenientes do mercado regulado, composto por consumidores obrigados a comprar da distribuidora local, como os residenciais, enquanto os restantes 36,6% vieram do mercado livre.

A análise regional revela que a maioria dos estados conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou aumento no consumo de energia, com exceção da Bahia (redução de 1%) e do Distrito Federal (redução de 2,8%). Por outro lado, os estados que registraram os maiores crescimentos foram Amazonas (28,4%), Acre (16,9%) e Mato Grosso do Sul (14,4%).

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