Por Kleber Carrilho
Redação Publicado em 11/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h43
Por Kleber Carrilho
Você já alugou um imóvel para alguém? Ou teve que conseguir um para viver? Então, você sabe o que é um fiador. É aquela pessoa que garante que não vai haver inadimplência. Em geral, é alguém que tem bens, renda e histórico de bom pagador, que promete que nada de ruim vai acontecer e que o combinado vai ser cumprido.
No momento da assinatura do contrato, as garantias do fiador são muito mais importantes do que as de quem vai morar no imóvel. Por isso, é tão difícil arranjar um. Você já tentou conseguir? Ou já teve que dar desculpas para não ser?
Pois bem. Na política, fiador também é importante. Que tal dar uma olhada na nossa curta história democrática?
Fernando Collor, ao ser eleito, teve bons fiadores. As Organizações Globo, uma parte importante do Centrão e muitas figuras regionais afiançaram o mandato do jovem presidente. Quando ele pisou na bola com os fiadores, perdeu a assinatura deles e, consequentemente, o mandato.
Mesmo Fernando Henrique Cardoso, que tinha a história do Plano Real para contar como sua, teve que ceder e pedir a presença de ACM e de outros líderes, além de manter um guardião do PFL, Marco Maciel, como vice.
Lula, além da Carta ao Povo Brasileiro, só conseguiu chegar à Presidência com um fiador de peso, o também vice José Alencar, um empresário para garantir que tudo ficaria bem e não haveria risco de não pagar a conta.
Dilma manteve uma parte dos fiadores de Lula, mas contou com uma presença ainda mais próxima, o negociador-mor Michel Temer, como vice. Por isso, quando acharam que ela não estava pagando o aluguel como deveria, chamaram o fiador para cumprir o compromisso.
Mas e Bolsonaro? Ele também tinha fiadores, como o general Mourão, o economista Paulo Guedes e mais algumas lideranças. O que elas tinham em comum? Falta de experiência nas negociações de Brasília.
Depois de atrasos no pagamento e vendo a possibilidade de perder a cadeira, Bolsonaro optou (ou foi forçado) a trocar de fiador.
O presidente continua morando na casa, mas agora o fiador é quem vai querer dizer onde deve ficar o sofá e o quadro da parede.
Será que ele consegue viver assim?
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*Kleber Carrilho é professor, analista político e doutor em Comunicação Social
Instagram: @KleberCarrilho
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