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COLUNA

Eleições de 2022 no Brasil é marcada por erros dos institutos de pesquisa

Imagem:  Fernando Frazão/Agência Brasil
Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 04/10/2022, às 13h33


A situação é de completo inconformismo. O primeiro turno das eleições brasileiras, ocorrido no último domingo (02), foi uma clara demonstração da incompetência (e atitude fraudulenta) dos principais institutos de pesquisa do país. Não é a primeira vez que resultados incongruentes apareceram no pleito eleitoral. Em 2018 houve erros também, mas nada tão discrepante quanto o que ocorreu às vésperas da votação nas eleições de 2022. Na tentativa de lavar as mãos, e em lugar de exigir que se proceda a uma investigação, Alexandre de Moraes declarou em coletiva que o TSE não tem responsabilidade pela discrepância entre o que apontavam as pesquisas eleitorais e os resultados das urnas, pois “só registra as pesquisas”. No entanto, segundo especialistas, a Justiça tem o dever de instaurar inquérito nos moldes do que percorre os escaninhos do STF, já que, ao que parece, esses institutos foram corrompidos a fim de mentir sobre prévio resultado eleitoral, visando a induzir o eleitor.

Obviamente que há margem percentual “para mais ou para menos”, mas o que se viu nessas eleições foi uma vergonha.

  • A Brasmarket apontou vantagem de Jair Bolsonaro, com 45,4% das intenções de voto contra 30,9% do ex-presidiário, uma diferença de 13% se comparado ao desempenho real do corrupto, muito superior aos 2,45 pontos estimados como margem de erro.
  • O Ipec projetou o candidato petista com 51% dos votos, e o Datafolha, na mesma linha, apontou vitória do corrupto petista no primeiro turno.
  • Segundo o Datafolha, Bolsonaro obteve 36% das intenções de voto, e, de acordo com a Genial/Quaest, o atual chefe de Estado contava com 38%, mas acabou fechando o pleito com 43%, uma diferença que extrapolou a margem de erro de dois pontos percentuais. O Datafolha estimou 50% de intenções de voto para o ex-presidiário, e Ipec previu 51% para Lula contra 37% para Bolsonaro, e as urnas resultaram em 48,43 para Lula e 43,20 para Bolsonaro.

E as incorreções maldosas não param aí, tendo comprometido os resultados em vários Estados:

  • No Rio de Janeiro, pesquisas do Ipec apontaram intenções de voto de 44% para Castro 35% para Freixo; segundo o Datafolha, Castro teria 47% das intenções contra 28% de Freixo, diferentemente do resultado das urnas que fechou o pleito em 58,67% de Castro contra 27,38% de Freixo.
  • Em São Paulo, Haddad projetava 39% contra 31% de Tarsício (Datafolha) e 41% de Haddad contra 31% de Tarcísio (Ipec), o que foi contrariado pelas urnas, resultando em 42,32% de Tarcísio contra 35,70% de Haddad.
  • Na Bahia, mais erros, já que de acordo com as últimas pesquisas do Datafolha e Ipec, ACM Neto (do União Brasil) liderava com 51% das intenções de voto acompanhado pelo petista Jerônimo Rodrigues com 40% (segundo o Ipec) e 38% (segundo o Datafolha); no fim, houve a consolidação do petista com 49% de votos, levando o pleito para o segundo turno.
  • Em Santa Catarina, os institutos não previram a chegada do petista Décio Lima no segundo turno, já que ocupava a quarta posição, mesmo tendo sido feitas três amostragens; na sexta, o candidato do atual presidente aparece na liderança, o que se confirmou nas urnas, resultando em disputa de segundo turno entre Lima (União Brasil) e Jorginho Mello (PL) .
  • As dificuldades enfrentadas por Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, para chegar ao segundo turno também não foram previstas, tendo figurado na primeira posição quanto às intenções de voto. Apesar de aparecer liderando as pesquisas com 12% de superioridade sobre Onix Lorenzoni (PL) na Real Big Data, foi superado pelo ex-ministro, ficando 11% acima deste. Resultados como esses “desmoralizaram de vez os institutos de pesquisa”, afirmou Bolsonaro na coletiva de domingo à noite. O candidato à reeleição já questionava a credibilidade desses institutos desde 2018, contudo, depois do ocorrido neste primeiro turno das eleições de 2022, o questionamento passa a ser colocado em dúvida também pela sociedade.

Murilo Hidalgo, do Instituto Paraná Pesquisas, em entrevista à Jovem Pan News, apontou que os erros nos números das pesquisas já eram possíveis de verificar durante a campanha eleitoral e destaca que por terem feito pesquisas em vários estados, mais de uma vez, era muito evidente para ele quando institutos como Ipec e Datafolha, p. ex., incorriam em erros; “A gente alertou isso várias vezes”, afirmou ele, completando que foram criticados por isso e que foram o primeiro instituto a apontar empate entre Marcos Pontes e Márcio França. Hidalgo diz ainda que os resultados regionais eram absurdos, mas os meios de comunicação se recusavam a ver isso.

A disputa presidencial vai para segundo turno com diferença de 5 pontos percentuais entre Bolsonaro e o ex-presidiário, um número bem menor que o projetado nas pesquisas.

Carla Zambeli, deputada eleita em São Paulo, denuncia a fraude nas urnas no primeiro turno e convoca a população a não desanimar, mas assumir posicionamento. A deputada envia recado ao ministro Raul Jungmann, contrapondo-se à declaração de que é crime “[...] dizer e noticiar coisas falsas sobre a questão das urnas eletrônicas”, dizendo que “Crime é o senhor prevaricar com seu cargo. Crime é o senhor abusar da sua autoridade. Crime é o senhor ameaçar as pessoas, não só nós eleitores, como também constranger a polícia federal de exercer sua função de fiscalização [...] Não vamos nos constranger de exercer os nossos direitos”, afirma a deputada.

Olavo de Carvalho já dizia que a eleição de Bolsonaro produziria um efeito cascata em que cairiam: 1) todo um esquema de poder construído pelo PT e seus associados ao longo de 50 anos; 2) o centro-motor e financiador de todo movimento comunista latino-americano e, portanto, cai também o Foro de São Paulo com as 200 organizações que o compõe; 3) os planos internacionais de eliminação da soberania nacional brasileira e de subjugação do país ao esquema globalista; 4) caem milhares de carreiras e biografias de políticos, intelectuais e artistas de esquerda que viveram por anos usufruindo do dinheiro público; 5) todo poder impune do narcotráfico e do crime organizado que acua o Brasil; só para citar alguns.

O líder evangélico e pastor, Silas Malafaia, afirma que houve manipulação bandida dos institutos de pesquisas contra o candidato Jair Bolsonaro e mostra-se confiante em que o jogo vai virar e que o candidato à reeleição obterá êxito no segundo turno.

Cabe a cada cidadão de bem tomar consciência da importância do seu voto, sabendo que mais do que votar em um indivíduo, as eleições tratam de uma batalha por princípios e valores, pela manutenção da ordem e da moral; e no pleito de 2022, Bolsonaroé quem defende esses e outros princípios e valores tão caros à população de bem.

Pra cima, Brasil! O segundo turno vem aí. Estamos em guerra! Erga a cabeça. Seja ativo, conte para o maior número de pessoas que puder as verdades a respeito do esquema fraudulento e criminoso arquitetado para essas eleições, e mostre tudo o que está em jogo se o PTvoltar ao poder.

Vote com responsabilidade.  

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