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São Paulo. - Imagem: Reprodução | Sergio Souza
São Paulo. - Imagem: Reprodução | Sergio Souza
Fábio Behrend

por Fábio Behrend

Publicado em 22/09/2023, às 06h07


Cassado

Camilo Cristófaro foi o terceiro vereador cassado em São Paulo depois da redemocratização. Foram 47 votos contra, 5 abstenções e nenhum a favor. Assim que a votação foi encerrada, subiu para o gabinete pelo elevador privativo e não falou com ninguém. Antes dele, Vicente Viscome e Maeli Vergniano perderam os mandatos em 1999. Viscome por corrupção, Maeli por usar carro oficial para serviços particulares. Hanna Garib, que comandava esquema de corrupção na prefeitura enquanto foi vereador, foi eleito deputado estadual e cassado pela Alesp, também em 1999. O suplente de Cristófaro, Dr. Adriano Santos, já tomou posse.

Corpo fora

Ely Teruel não apareceu, nem justificou a ausência. Atílio Francisco, Sansão Pereira, Paulo Frange, Rute Costa e Coronel Salles foram os vereadores que se abstiveram de votar. Salles foi o único a conversar com Cristófaro durante a sessão de julgamento. Sansão ocupou a tribuna para afirmar que a pena de cassação seria “exagerada”.

Reincidência

O bombeiro Major Palumbo resumiu o sentimento de vereadores que também consideraram a pena severa demais, mas votaram contra Camilo. “O histórico dele é de confusões, brigas e desrespeito. É muita reincidência”.

Brincalhão

Adilson Amadeu não gostou de ter sido citado pelo advogado de Cristófaro, Ronaldo Alves de Andrade, durante a defesa. Amadeu foi absolvido pela corregedoria da Câmara por ter xingado Daniel Annemberg de “judeu filho da...” durante uma sessão da CPI dos Aplicativos. Interrompeu a fala do advogado aos berros de “Seu brincalhão”. Depois se aproximou vigorosamente do advogado, encarando-o face a face, em tom ameaçador. O advogado, desembargador aposentado do TJ, não recuou. Colegas afastaram Adilson da tribuna. Os microfones não captaram o tête-à-tête.

Nota de repúdio

Milton Leite apresentou nota de repúdio à fala do advogado de Cristófaro, que comparou o julgamento do cliente ao do oficial da SS nazista Adolf Eichamann, condenado à forca em Israel. “Ultrajante”, diz o texto aprovado por unanimidade.

Não desceu (e desculpe a confusão)

Setores do PSOL não engoliram a contratação de Lula Guimarães, ex-marqueteiro de João Dória, Geraldo Alckmin e iFood, para tocar a campanha de Guilherme Boulos no ano que vem. Divulgaram nota de repúdio, mas Boulos afirma que o marqueteiro fica. E este colunista pede desculpas aos leitores e a Lula Guimarães pela troca de nomes na coluna da semana passada.

Política Técnica

O governador Tarcísio de Freitas tem se reunido com prefeitos do interior para explicar o modelo de privatização da Sabesp, sempre acompanhado da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.  O governador faz, pessoalmente, a apresentação de um powerpoint para “vender” o projeto. Os resultados têm sido bons. “Cheguei aqui achando que era ruim, por conta das notícias na imprensa. Mas basta entender para concordar”, disse um prefeito, ao sair da reunião de quarta-feira.

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