por Maria De Carli
Publicado em 10/02/2024, às 07h08
O ano de 2024 não será fácil, muitos aspectos disruptivos chacoalharão o mundo, o principal deles será o aspecto eleitoral. A democracia e o seu nível de qualidade serão colocados à prova.
De todas as grandes disputas eleitorais deste ano, nenhuma delas ganhará maior destaque e cobertura midiática do que as eleições presidenciais nos EUA.
A disputa eleitoral norte-americana é extremamente competitiva, e se torna um grande espetáculo midiático digno de Hollywood. Para compor esse espetáculo, é preciso um showman para fazer jus à audiência. E o showman das eleições de 2024 está se concretizando em torno do nome do ex-presidente Donald J. Trump.
Trump iniciou a corrida eleitoral como um candidato inimaginável, isso porque o ex-presidente é alvo de diversas ações judiciais, que inclusive o impossibilitaram de concorrer às primárias em alguns Estados. Porém, após suas vitórias recentes ele se converteu no principal candidato republicano e vem garantindo seu lugar ao podium como o potencial adversário do Presidente Joe Biden. A candidatura de Trump vai depender de decisões da Suprema Corte.
Em recente pesquisa nos EUA, foi constatado que 67% do eleitorado está cansado de verem os mesmos candidatos de 2020, e que 75% os acham velhos demais. Desaponta ver que nos EUA não há um sopro em direção a novos ares. Vemos um “gap” geracional do eleitorado muito grande entre os Boomers e a Gen Z.
Diante de um cenário eleitoral não muito encorajador vale perguntar, o que está acontecendo com o eleitorado dos EUA. Por que não há inovação política?
A resposta para isso é de que a narrativa populista polarizadora (tanto esquerda quanto direita) ainda permanece forte e centralizada em figurinhas carimbadas.
A democracia norte-americana está repetindo o padrão das disputas democráticas de outros países: eleger candidatos que buscam a “lacração” e não precisam validar mais propostas baseadas em estudos. Vence quem “lacra” mais, uma característica presente nas redes sociais e que o populismo consolidou com a polarização e com as guerras narrativas culturais.
O mais intrigante é que apesar de as pessoas possuírem mais escolarização e mais acesso a informação, isso não implica em mais qualidade nas escolhas de seus governantes.
Leia também
Mãe denuncia estupro coletivo contra filha de 13 anos
Suposto vídeo de Mel Maia fazendo sexo com traficante cai na rede e atriz se manifesta
Vila Mariana vira modelo de segurança em São Paulo com o programa Vizinhança Solidária
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Tucanos de alta plumagem rejeitam Datena e querem apoio a Ricardo Nunes
Céline Dion encerra a abertura das Olimpíadas de Paris
Saiba quem foram os três porta-bandeiras do Brasil nas Olimpíadas de Paris
Lençóis Maranhenses viram Patrimônio da Humanidade; entenda
Prouni: inscrições para segundo semestre de 2024 encerram nesta sexta
Ataque na França marca o dia de abertura das Olimpíadas