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Na Ciência, homens são maioria no Brasil e mulheres negras enfrentam barreiras

O Brasil conta com quase 78 mil pesquisadores com doutorado. As mulheres são 40% desse total. A agência de Jornalismo de Dados Gênero e Número analisou os

Na Ciência, homens são maioria no Brasil e mulheres negras enfrentam barreiras
Na Ciência, homens são maioria no Brasil e mulheres negras enfrentam barreiras

Redação Publicado em 15/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h07


O Brasil conta com quase 78 mil pesquisadores com doutorado. As mulheres são 40% desse total. A agência de Jornalismo de Dados Gênero e Número analisou os currículos dessas mulheres e traçou o perfil da 50 pesquisadoras mais influentes em diferentes áreas de conhecimento.

Ao todo são 250 mulheres que ocupam lugar de destaque na produção científica no país e no mundo. O projeto foi batizado como Open Box da Ciência – em português algo como os Arquivos Abertos da Ciência – e foi lançado nessa quarta-feira (12) em São Paulo.

Para criar o banco de dados, foram considerados critérios como número de artigos publicados e premiações durante a carreira. A jornalista Vitória Régia da Silva, da Gênero e Número explica que a ideia do projeto é dar visibilidade para construir políticas para diminuir as desigualdades.
O interessante é que, minoria nos níveis mais altos, em toda a vida acadêmica, as mulheres são maioria. Mas, a exemplo de outras carreiras, as cientistas encontram obstáculos para conseguir chegar ao topo. Para a física Sandra dos Santos Padula, do Instituto de Física Teórica da Unesp,  pesquisadora de destaque no país, o primeiro passo para a mudança é reconhecer que existem barreiras e não se deixar intimidar.

Se as barreiras são muitas para as mulheres em geral, são ainda maiores para as negras. Entre as mulheres, menos de 20% são professoras negras de pós-graduação, incluindo os homens, essa proporção não chega a 5% . Helena Carla Castro, que coordena o laboratório de antibióticos, bioquímica, ensino e modelagem molecular, na Univesidade Federal Fluminense, em Niterói, faz parte do seleto grupo de pesquisadoras negras e acha que para diminuir desigualdades, as instituições precisam colaborar.Para quem tiver curiosidade e quiser conhecer mais sobre essas mulheres, os dados da pesquisa e as entrevistas estão disponíveis no site www.openciencia.com.br.

AGENCIA BRASIL 

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