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Mudança no Caso Flávio Bolsonaro pode tirar Fabrício Queiroz da cadeia

O procedimento do Ministério Público do Rio (MP-RJ) que investiga os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no antigo gabinete de

Mudança no Caso Flávio Bolsonaro pode tirar Fabrício Queiroz da cadeia
Mudança no Caso Flávio Bolsonaro pode tirar Fabrício Queiroz da cadeia

Redação Publicado em 26/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h58


Justiça do Rio de Janeiro decidiu que senador Flávio Bolsonaro possui direito a foro especial porque era deputado estadual à época dos fatos

O procedimento do Ministério Público do Rio (MP-RJ) que investiga os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa (Alerj), a chamada “rachadinha”, sofreu uma reviravolta nesta quinta-feira (25). Ao decidir que o senador possui direito a foro especial porque era deputado estadual à época dos fatos, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) retirou a competência do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da Capital, e colocou em risco as decisões dele, inclusive a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Desde abril de 2019, foi Itabaiana que decidiu pela quebra de sigilo bancário e fiscal do senador e de outras 103 pessoas e empresas. Além disso, ele determinou a busca e apreensão em dezembro e, na semana passada, decretou a prisão de Queiroz. Com a decisão de ontem, os advogados do senador vão tentar anular todos as medidas autorizadas pelo juiz, que, para os investigadores, compõem a espinha dorsal de todo o caso.

“Como o Tribunal de Justiça reconheceu a incompetência absoluta do juízo de primeira instância, a defesa buscará a nulidade de todas as decisões e provas relativas ao caso desde as primeiras investigações”, disse Luciana Pires, advogada do senador.

A defesa de Flávio entrou em março deste ano com um habeas corpus no qual ele alegava que tinha foro especial. O placar do julgamento desta quinta-feira terminou em 2 a 1. A relatora do caso, desembargadora Suimei Cavalieri, votou contra o pedido do senador, mas seus colegas Mônica Oliveira e Paulo Rangel votaram a favor.

Em seguida, os desembargadores analisaram a validade das medidas tomadas por Itabaiana. Suimei e Mônica votaram pela validade delas, e Rangel foi contrário. Com isso, por enquanto, as decisões do juiz de primeira instância permanecem válidas. Se a defesa de Flávio conseguir que todos os procedimentos autorizados por Itabaiana sejam suspensos, o mandado de prisão contra Queiroz perderá o valor.

Queiroz está no presídio de Bangu 8 desde o último dia 18, quando foi localizado na casa do então advogado de Flávio Frederick Wassef, em Atibaia (SP). Três dias depois, Wassef deixou a defesa de Flávio no caso da rachadinha.

iG

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