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Medalhista olímpica volta às origens e espera retomada do protagonismo do vôlei em Curitiba

Medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio, a levantadora Roberta retornou para Curitiba e reencontrou o projeto social que despertou seu sonho no vôlei.

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Redação Publicado em 01/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h41


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Medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio, a levantadora Roberta retornou para Curitiba e reencontrou o projeto social que despertou seu sonho no vôlei. Porém, a capital paranaense, diferente do passado, tem dificuldades com o Curitiba Vôlei e está longe do protagonismo de antes.

Roberta passou uns dias na capital e curtiu a família antes de seguir viagem para um novo desafio na carreira, na Polônia. Durante o período, a atleta aproveitou e fez uma surpresa: visitou o projeto social do Instituto Compartilhar, onde conheceu e se apaixonou pelo vôlei.

O projeto foi fundado em 2003 em Curitiba pelo técnico Bernardinho. Desde então, milhares de crianças transformaram a vida por meio do esporte. Roberta ganhou até mensagem especial de um dos maiores campeões mundiais da história do vôlei.

Ela dali se transforma numa atleta olímpica. Um longo percurso com muito esforço e muita dedicação. Muito orgulho da caminhada da trajetória dela
— Bernardinho

Outro momento especial da visita foi quando a Roberta mostrou a primeira medalha da carreira, que ganhou jogando pelo projeto quando tinha só oito anos. A comparação com a prata de Tóquio foi inevitável e divertida.

– Ver que eu saí disso para isso. Eu mesma fiquei pensando ‘meu Deus, que loucura’, porque acho que a gente nunca espera né? A gente sonha, mas nunca sabe se isso vai se tornar realidade. É muito legal ver isso aqui…senão fosse por essa, talvez eu não chegasse nessa daqui – sentenciou a medalhista olímpica.

Entre muitos abraços, um foi especial: da primeira professora da atleta no projeto, Katia Keller.

– Assim como a gente tem orgulho de outros atletas que chegam a ser um médico, outras profissões enfim, mas especialmente a uma olimpíada que é o sonho de qualquer atleta acho que, é muito merecedor e gratificante… Fico muito feliz e me sinto como uma parte, um pedacinho daquela medalha – declarou a professora.

Mas depois dessa viagem ao passado, é preciso – mais do que nunca – olhar para o presente. O contraste da medalha de prata olímpica de vôlei em Tóquio, com a realidade do esporte no Paraná, é enorme.

Com problemas financeiros e sem praticamente nenhum apoio e patrocínio, o Curitiba Vôlei corre o risco de não conseguir disputar a elite da Superliga Nacional. Um momento bem diferente do Rexona, que venceu dois títulos nacionais (1997/98 e 2000/01), mas se transferiu para o Rio de Janeiro em 2004.

E quem, literalmente, está batendo de porta em porta para pedir ajuda é a central e multicampeã Valeskinha, 45 anos. Ela relatou que tem tentando convencer o empresariado a colocar o dinheiro do imposto de renda no clube ou em outro esporte, como basquete e handebol.

– A gente tenta quebrar um pouco essa primeira barreira para eles entenderem o quanto é gratificante, e como tem retorno ao investir no esporte. Vamos nos mobilizar e elevar o esporte aqui no Paraná, aqui em Curitiba – afirmou.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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