O astro do golfe Tiger Woods escapou com vida de um acidente de carro na manhã da última terça-feira (23/2), mas sofreu lesões graves nas duas pernas, que
Redação Publicado em 27/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h10
O astro do golfe Tiger Woods escapou com vida de um acidente de carro na manhã da última terça-feira (23/2), mas sofreu lesões graves nas duas pernas, que exigiram uma cirurgia extensa, e precisou fixar a fratura com uma haste sendo inserida na perna direita. Considerado o maior golfista da história, Woods sofreu “fraturas expostas cominutivas que afetaram a tíbia superior e inferior e a fíbula”, disse o Dr. Anish Mahajan, CEO interino e diretor médico do Hospital Harbor-UCLA, para onde Woods foi levado ao centro de trauma e tratado. Por isso decidi explicar aqui para os leitores o que significa quando o osso fica “cominuído”: fratura cominutiva significa que o osso se quebrou em vários fragmentos. No caso do Woods, os fragmentos foram da tíbia e da fíbula, que se estilhaçaram em vários pedaços. Isso ocorre devido à alta energia do trauma.
São diferente das “fraturas abertas”, também conhecidas como fraturas expostas, significando que houve uma lesão na pele abrindo uma porta de comunicação entre o meio externo e o foco fraturário.
Os ortopedistas colocaram uma haste na tíbia de Tiger Woods (o objetivo é que o osso cicatrize ao redor), para servir de tutor com uma “combinação de parafusos e pinos” para estabilizar os ossos adicionais no tornozelo e no pé. O objetivo é estabilizar e servir de tutor para que o organismo faça seu papel de consolidação. A cirurgia leva muito tempo porque temos que colocar a tensão certa sobre a haste, e também reposicionar o osso desviado. A ideia é fazer um alinhamento mais anatômico possível, além de manter o comprimento original da perna.
Vale lembrar que o trauma nos músculos e tecidos moles próximos exigiu também limpeza e reconstrução cirúrgica, o que ajuda a prevenir edema e infecção, além de reabilitar os movimentos. Isso é feito para reduzir os danos, o que é comum durante lesões de “alta energia”, como as sofridas durante um acidente de carro em alta velocidade. O atleta deve ser monitorado para infecção, que é sempre um problema potencial para feridas abertas. Para isso prescrevemos antibióticos e limpamos completamente a área.
Num primeiro momento, os centros de trauma geralmente priorizam as lesões mais graves e mais cirurgias podem ser necessárias posteriormente. Portanto pode ser que a lenda do golfe necessite de mais alguns procedimentos.
O chefe dos bombeiros do condado de Los Angeles, Daryl Osby, disse aos repórteres na terça-feira que os respondentes disseram a ele que havia ferimentos nas duas pernas, embora a extensão dos ferimentos na perna esquerda permaneça desconhecida.
Se tiverem dúvidas, valentes, me escrevam! Bons treinos e cuidado na estrada!
Ana Paula Simões/ SP- CRM- 108667/ RQE : 67412 e 28753
(Presidente da sociedade paulista de medicina esportiva)
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Ge / Eu Atleta.
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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