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Laboratório da Amazônia investe em produtos ambientalmente responsáveis

Com o reaproveitamento de resíduos e um olhar para o que a região oferece, o LOA, Laboratório de Óleos da Amazônia, promove pesquisas inovadoras que resulta

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Redação Publicado em 25/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 21h09


Com o reaproveitamento de resíduos e um olhar para o que a região oferece, o LOA, Laboratório de Óleos da Amazônia, promove pesquisas inovadoras que resulta em produtos ambientalmente mais responsáveis.

Um exemplo é a produção de biocombustíveis a partir de resíduos da produção de óleos como o de palma, de buriti e andiroba, por exemplo, bastante consumidos no Pará.

O doutor em química e coordenador do LOA Luís Adriano Santos explica que muito do que antes era considerado resíduo, a partir das pesquisas, torna-se algo de alto valor comercial.

No Brasil, o biodiesel é feito, principalmente, a partir da soja e pode ser produzido a partir do óleo bruto e do refinado. No Laboratório de Óleos da Amazônia, os pesquisadores têm reaproveitado também as cascas e amêndoas das oleaginosas mais usadas no estado.

Outra inovação do LOA é a pesquisa de catalisadores verdes.

Luis Adriano explica que catalisadores aumentam a velocidade das reações químicas para obter qualquer tipo de produto. Muitas vezes os modelos tradicionais são corrosivos e muito agressivos ao meio ambiente e geralmente acarretam um custo adicional porque não são eliminados naturalmente e precisam ser neutralizados pela indústria, gerando mais custos.

Os chamados catalisadores verdes, de acordo com Luís Adriano, são reaproveitamento de rejeitos.

Alguns catalisadores verdes são feitos a partir do rejeito de minérios como o caulim e ainda de subprodutos da agroindústria, como cascas e sementes de frutas.

Para o pesquisador Luís Adriano, o grande motivador das pesquisas de sucesso do laboratório é a transformação dos produtos e processos da própria Amazônia em riqueza para as populações da região, mantendo a floresta em pé.

EBC

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