O isolamento social, imposto pelo governo estadual ao colocar todas as regiões na fase vermelha do Plano São Paulo até 19 de março, e o estudo de vacinação em
Redação Publicado em 06/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h11
O isolamento social, imposto pelo governo estadual ao colocar todas as regiões na fase vermelha do Plano São Paulo até 19 de março, e o estudo de vacinação em massa contra Covid-19 podem ajudar a frear o avanço do vírus de forma mais acelerada em Serrana (SP) do que em outras cidades, segundo o médico Marcos Borges, coordenador da pesquisa inédita do Instituto Butantan.
“Não adianta só vacinar ou só lockdown. Associam as duas coisas e o controle passa a ser mais efetivo”, diz.
Membro da Diretoria Regional de Saúde 13, com sede em Ribeirão Preto (SP), o município já adota a etapa mais restritiva da quarentena estadual, que permite somente a abertura de serviços considerados essenciais, desde o dia 1º de março.
O governo do estado espera que o fechamento por duas semanas freie a transmissão do vírus nas cidades. É justamente o que o estudo do Butantan com a CoronaVac quer fazer em Serrana: descobrir se o imunizante é capaz de diminuir o avanço da pandemia na população.
No entanto, para Borges, a pesquisa não será afetada com as restrições do Plano São Paulo, já que, na visão dele, a fase vermelha não é um fechamento completo e ainda permite que o vírus continue circulando em determinados locais.
“Não interfere. Uma que a fase vermelha não consegue controlar tudo. Os países que fizeram lockdown ficaram dois, três meses fazendo. Você não consegue interromper toda a transmissão viral”, afirma.
Conforme a última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, divulgada na sexta-feira (5), Serrana registra 2.811 casos de Covid-19 e 59 mortes desde o início da pandemia.
Os meses de janeiro e fevereiro foram os que tiveram mais confirmações, com 706 e 484 diagnósticos. Ao somar com os 39 registrados em março até agora, são 1.229 diagnósticos positivos, equivalentes a 43,72% de todos os casos desde abril de 2020.
Para conter o avanço, o médico acredita na combinação fechamento-vacinação. Para ele o município pode apresentar um bloqueio à doença de forma mais rápida.
“A gente vai comparar, por exemplo: Serrana está transmitindo 10% e reduziu para 1% porque tem a vacinação [em massa]. As outras reduziram 10% para 5%. Você consegue comparar a velocidade de redução nas diferentes cidades. Acaba tendo um comparativo com outra cidade. Como a pandemia é cíclica, sempre tem que comparar com outra cidade. É fundamental a comparação”, explica.
Defensor da fase vermelha estadual diante da alta nas internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para a Covid-19, Borges, que também é diretor do Hospital Estadual de Serrana, relata que a cidade também enfrenta esgotamento de leitos.
Uma das referências na região de Ribeirão Preto (SP), a unidade tem 36 leitos SUS exclusivos para atendimento de pacientes com o novo coronavírus, sendo 12 leitos UTI, que estão todos ocupados. Nas enfermarias, a taxa de ocupação é de 79,1%.
Dados apresentados pelo Projeto S, como o estudo foi batizado, mostram que Serrana já vacinou com a primeira dose ao menos 15.772 voluntários desde o dia 17 de fevereiro.
Esse número corresponde a 55,6% do público-alvo total da pesquisa, estimado em 28.380 moradores acima de 18 anos, exceto grávidas, lactantes e portadores de doenças grávidas, e animam o coordenador da pesquisa.
“Está excelente. Entre 1.200 e 1.400 pessoas por dia, atingindo 92, 94% de cobertura de cada área. Está dentro do esperado. Se a gente tivesse pelo menos 80% vacinado por região já estaria bom. A gente está tendo 94%. Então está até acima da nossa expectativa”, afirma.
A cidade foi dividida em quatro grupos. As regiões verde e amarela já receberam a primeira dose. A cinza pode ser vacinada até domingo (7). Depois, de quarta-feira (10) a domingo (17), moradores da zona azul encerram a primeira fase de estudos.
Os moradores receberão a segunda dose entre o 21º e o 30º dia após a primeira aplicação.
Segundo a metodologia da pesquisa, quem perder o prazo do grupo a que pertence deve esperar o cronograma do Plano Nacional de Imunização para ser vacinado contra o novo coronavírus.
“É uma coisa que a gente quer ver: O quanto que, vacinando algumas pessoas, a vacina consegue proteger as outras, porque nem todo mundo é legível. Tem mulher gestante, crianças. Esse é objetivo do estudo. Quanto que, vacinando uma boa parcela, quanto eu consigo proteger as pessoas que não tomaram, sejam os que não quiseram ou que não puderam”, explica.
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Fonte: G1 – Globo.
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