Cansado de explicar que a África não é um país e ouvir histórias que não condizem com a realidade do continente, Vensam Iala, de 30 anos, natural da
Redação Publicado em 04/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h31
Cansado de explicar que a África não é um país e ouvir histórias que não condizem com a realidade do continente, Vensam Iala, de 30 anos, natural da Guiné-Bissau, estampou a frase “A África não é um país” em três idiomas diferentes.
Desde 2010 o imigrante vive no Brasil e afirma que muitas pessoas têm um olhar estereotipado sobre a África . A grande dificuldade, na visão de Iala, é fazer com que as pessoas entendam que o continente não se resume a mazelas, doenças e coisas ruins.
“É um recado de que na verdade é um continente com 54 países, com culturas totalmente diferentes, idiomas diferentes, povos diferentes”, disse em entrevista à Folha de São Paulo.
Formado em letras na Unesp e com especialização em literatura africana de língua portuguesa, Vensam se interessou pelo movimento negro depois de perceber o ” racismo velado ” no Brasil. Ao longo de toda a graduação, percebeu que teve um único professor e quatro colegas negros , em uma turma de 45 estudantes.
O desconhecimento de que a África é um continente é algo comum até na universidade, segundo ele. “Até em espaços acadêmicos em que, em tese, as pessoas têm acesso a informação, há quem reproduz a ideia de uma África uniforme”.
Iala diz, ainda, que há quem acredite que pessoas dormem em cabanas e têm contato diário com animais selvagens. “Também me perguntam se falo ‘africano’ ou se tenho HIV. E sempre dizem: ‘Nossa, lá é muito difícil, né? Tenho vontade de ir pra lá ajudar as crianças pobres e doentes”.
Ao usar as camisas, ele explica que muitas pessoas surpresas puxam assunto e tentam conversar sobre o assunto. “A galera fica impactada, quer saber mais. Eu contextualizo, explico. É interessante”.
A ideia das camisas gerou a marca Visto África, em que ele comercializa as estampas para crianças e adultos, pelo valor de R$ 50 cada, via Instagram.
iG
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