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Heróis em 2015, Prass e Dudu relembram bastidores de título da Copa do Brasil no Palmeiras

Ou Dudu ou Fernando Prass. O torcedor do Palmeiras até pode se dividir na escolha do protagonista do título da Copa do Brasil de 2015, mas é fato que os dois

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Redação Publicado em 07/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h03


Peso, Alecsandro “técnico”, goleiro artilheiro… Dupla decisiva contra o Santos conta histórias

Ou Dudu ou Fernando Prass. O torcedor do Palmeiras até pode se dividir na escolha do protagonista do título da Copa do Brasil de 2015, mas é fato que os dois foram de grande importância para a conquista do Verdão naquela temporada.

O atacante, com dois gols no tempo normal, e o goleiro, com defesa e gol nas cobranças de pênaltis, foram os principais nomes daquela vitória por 2 a 1 contra o Santos no torneio, que voltou a ser objetivo do clube. Neste domingo, o time de Abel Ferreira recebe o Grêmio no Allianz Parque, às 18h, valendo o título do torneio nacional.

– Tive grandes momentos no Palmeiras, mas acho que aquelas duas partidas contra o Santos estão entre os momentos mais marcantes, sim. Principalmente por tudo o que o clube passava e pela rivalidade que foi criada com o time deles na época – recordou Dudu, hoje no Al Duhail, do Catar.

– Conquistei outros títulos, inclusive o da Copa do Brasil também. É que a história daquele jogo é peculiar. Por ser um rival, óbvio, mas por muitos motivos. Mas era o rival, a rivalidade que tinha das decisões em sequência. Mas para mim é mais peculiar ainda pela maneira como se desenhou. Eu tenho 24 anos de carreira profissional, nunca tinha batido pênalti, ainda mais em uma decisão e fechamento de série – falou Fernando Prass, que se aposentou recentemente.

Fernando Prass e Dudu na época de Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Fernando Prass e Dudu na época de Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

O momento do Palmeiras era de reafirmação. Depois de vencer a Copa do Brasil de 2012, mas ser rebaixado, o Verdão ganhou a Série B de 2013 e teve um ano de centenário muito difícil, em 2014.

Naquele Brasileirão, já jogando no Allianz Parque, o time palmeirense se salvou de uma nova queda na última rodada. Fernando Prass estava em campo naquele dia e, partir de janeiro de 2015, ganhou a parceria de Dudu.

– Quem não é palmeirense não sabe o peso que a gente carregava antes. Em 2014, ano do centenário, ser rebaixado seria uma marca absurda. Inauguração do Allianz Parque, ia ser um peso do caramba. Eu passei por isso, então para mim foi mais emocionante. Para quem estava em 2014 foi mais intenso o negócio. Também por isso se tornou mais marcante – recordou o agora ex-goleiro.

A apresentação de Dudu, em janeiro de 2015 — Foto: Marcos Ribolli

A apresentação de Dudu, em janeiro de 2015 — Foto: Marcos Ribolli

– Em 2014, o Palmeiras teve muita dificuldade no Brasileiro e o Paulo Nobre estava fazendo uma transformação. O clube foi ao mercado e reforçou o elenco, mas começamos aquela 2015 de forma incerta. O time foi pegando corpo ao longo do ano e aquela taça foi o que o Palmeiras precisava para retomar o caminho dos títulos e das vitórias. Depois daquela final, segue sendo assim até hoje. Todo ano a equipe briga por títulos e, hoje, é um dos clubes mais fortes da América. Então, acho que aquela final foi determinante para essa nova fase – contou o atacante.

Dudu marcou duas vezes no tempo normal, mas Ricardo Oliveira diminuiu no fim e fechou o placar em 2 a 1. Nos pênaltis, Fernando Prass defendeu a cobrança de Gustavo Henrique – Rafael Marques e Marquinhos Gabriel também desperdiçaram – e teve a responsabilidade de converter a penalidade do tricampeonato do Verdão na Copa do Brasil.

– Quando acabou o jogo e fomos para os pênaltis, o protocolo estava abandonado. O Alecsandro estava na beira do campo, nem inscrito, ele que ajudou o Marcelo (Oliveira, treinador) a fazer a lista e me colocar de quinto. Aí o Marcelo me perguntou se eu iria, e eu falei que vou. Tínhamos muitos meninos, e os que batiam tinham saído do jogo. Imagina se um menino erra o pênalti, eu tenho as costas mais largas em caso de erro. Então foi o Alecsandro que me colocou de quinto – relembrou o ex-goleiro.

Mosaico 3D mostra Fernando Prass e a taça da Copa do Brasil — Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Mosaico 3D mostra Fernando Prass e a taça da Copa do Brasil — Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

No jogo de ida, em Porto Alegre, o Palmeiras venceu por 1 a 0 e conquistou a vantagem de poder empatar no jogo deste domingo, que será disputado às 18h, no Allianz Parque.

– Apesar da diferença de horário, eu vi o jogo e não foi fácil. O Grêmio tem um ótimo elenco, um grande treinador e gosta desse tipo de competição. Apesar de o Palmeiras ter vencido lá em Porto Alegre, e ainda poderia ter vencido por uma diferença maior de gols, acho que a final ainda está em aberto. Não vejo um favoritismo. É claro que eu vou torcer, e muito, para o Palmeiras, mas não será fácil – contou Dudu.

– O fator local perde um pouco a importância né. Se fosse 1 a 0 aqui ou lá, o local não é o preponderante. É a vantagem em si. Óbvio que em relação ao Palmeiras tem a diferença do gramado, que é um pouco diferente para jogar. Esses são os únicos times que se beneficiam com o fator local neste ano. Pelo momento das duas equipes, acho que é uma pequena grande vantagem – analisou Fernando Prass.

A comemoração de Dudu com a torcida do Palmeiras na final da Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco / Ag Palmeiras

A comemoração de Dudu com a torcida do Palmeiras na final da Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco / Ag Palmeiras

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Fonte: G1 – Globo.

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