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G7 exige ação da Rússia contra crimes cibernéticos

O G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, exigiu neste domingo (13) que a Rússia tome medidas contra os que fazem ataques cibernéticos e

G7 exige ação da Rússia contra crimes cibernéticos
G7 exige ação da Rússia contra crimes cibernéticos

Redação Publicado em 14/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h10


Grupo também pede que China investigue origem do novo coronavírus

O G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, exigiu neste domingo (13) que a Rússia tome medidas contra os que fazem ataques cibernéticos e usando ransomware a partir do país. O ransomeware é um ataque que restringe o acesso ao sistema infectado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido.G7 exige ação da Rússia contra crimes cibernéticosG7 exige ação da Rússia contra crimes cibernéticos

A reprimenda veio em um comunicado emitido após uma cúpula de três dias entre líderes do G7 no Reino Unido, que também pediu que Moscou “pare com seu comportamento desestabilizante e atividades malignas” e conduza uma investigação sobre o uso de armas químicas em território russo.

O comunicado diz que a Rússia precisa “responsabilizar aqueles que, dentro de suas fronteiras, conduzem ataques ransomeware, abusam de moedas virtuais para lavar dinheiro e outros crimes cibernéticos”.

A questão está sob os holofotes após um ataque virtual ao Colonial Pipeline, maior tubulação de combustíveis dos Estados Unidos, e outro que interrompeu as operações norte-americanas e australianas do frigorífico JBS.

A nota do G7 pede ações mais amplas contra ataques cibernéticos. “Pedimos que os estados identifiquem e interrompam redes criminosas de ransomware que operem de dentro de suas fronteiras e responsabilizem essas redes por suas ações”, diz o documento.

O pedido por investigação sobre uso de armas químicas vem após o crítico do Kremlin Alexei Navalny ser atendido na Alemanha, com médicos alemães informando que foi um envenenamento com um agente nervoso de uso militar. Navalny acusa Putin de ordenar o envenenamento, mas o Kremlin nega as acusações.

China

Os líderes do G7 também repreenderam a China sobre os direitos humanos em Xinjiang, pediram que Hong Kong tenha um alto grau de autonomia e exigiram uma investigação completa das origens da covid-19.

Depois de discutir como chegar a uma posição unificada sobre a China, os líderes emitiram um comunicado final sobre questões delicadas para o país.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considera a China como maior rival estratégico e prometeu enfrentar abusos econômicos chineses e reagir a violações dos direitos humanos.

“Promoveremos nossos valores, inclusive apelando à China para que respeite os direitos humanos e as liberdades fundamentais, especialmente em relação a Xinjiang e os direitos, liberdades e alto grau de autonomia para Hong Kong”, disse o G7.

“Também pedimos a fase 2 de um estudo transparente, liderado por especialistas e baseado na ciência sobre as origens da covid-19 na China”, afirmou o grupo, que reúne EUA, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e União Europia.

Antes que surgissem as críticas do G7, a China alertou os líderes do G7 que os dias em que “pequenos” grupos de países decidiam o destino do mundo já se foram.

O G7 também disse que destacou “a importância da paz e da estabilidade em todo o Estreito de Taiwan e encoraja a resolução pacífica dos problemas através do Estreito”.

O G7 disse estar preocupado com o trabalho forçado nas cadeias de abastecimento globais, incluindo os setores agrícola, solar e de vestuário.

Pequim tem revidado contra o que considera tentativas das potências ocidentais de conter a China, e diz que muitas das principais potências ainda estão dominadas por uma mentalidade imperial desatualizada, após anos humilhando a China.

Especialistas e grupos de direitos humanos estimam que mais de um milhão de pessoas, incluindo uigures e outras minorias muçulmanas, foram detidas nos últimos anos em um vasto sistema de campos em Xinjiang.

A China nega as acusações de trabalho forçado ou abuso. No começo, negou que os campos existissem. Depois, disse que eles são centros vocacionais projetados para combater o extremismo.

*Com informações da Reuters

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