O estado de São Paulo chega neste domingo (27) ao terceiro dia seguido da fase vermelha temporária, medida mais restritiva do plano de contenção ao
Redação Publicado em 27/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h19
O estado de São Paulo chega neste domingo (27) ao terceiro dia seguido da fase vermelha temporária, medida mais restritiva do plano de contenção ao coronavírus. O governo João Doria (PSDB) a adotou para tentar conter o avanço da pandemia durante a quarentena.
As autoridades de saúde demonstraram preocupação após o aumento nos números de casos e de mortes por causa da Covid-19 nas últimas semanas. Diante disso, reclassificaram todas as regiões que estavam na fase amarela, fazendo com que elas regredissem à fase vermelha.
A medida mais rígida contra a doença começou na madrugada de sexta-feira (25), seguiu durante todo o sábado (26) e terminará no fim da noite deste domingo.
Nas próximas segunda-feira (28), terça (29), quarta (30) e quinta (31), todas as regiões do estado, com exceção à região de Presidente Prudente, retomam temporariamente a fase amarela. Prudente permanecerá na vermelha durante esses dias.
Mas a fase vermelha do Plano São Paulo voltará novamente para todo o estado no feriado do Ano Novo, nos dias 1º, 2 e 3 de janeiro de 2021. Depois, o governo fará uma nova reclassificação.
Essa medida mais dura afeta principalmente comércios e serviços em geral. Proibindo o funcionamento de shoppings, bares, restaurantes, academias, parques etc. Apenas os serviços essenciais, como saúde, alimentação, abastecimento e transporte etc, poderão funcionar nessa etapa mediante protocolos de higiene de distanciamento social.
Podem funcionar nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro:
Não abrem nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro:
Já a fase amarela permite, entre outras coisas, a abertura de bares, restaurantes, academias, salões de beleza e do comércio.
Apesar de o governo ter determinado que a fase vermelha valerá por seis dias para todas as regiões do estado, 18 cidades paulistas deixaram de cumpri-la. Entre elas estão: Mogi das Cruzes e Cotia, na Grande São Paulo, e Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, no litoral paulista.
Apesar disso, muitas cidades litorâneas proibiram festejos na praia durante o Natal e manterão a mesma restrição no Ano Novo.
Em nota divulgada ainda na noite de sexta-feira (25), o governo estadual reiterou que “espera que os municípios respeitem a classificação do Plano SP”
Mesmo assim houve descumprimento das regras da fase vermelha até na capital.
Na madrugada de sábado, a fiscalização conjunta da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Polícia Militar e agentes de saúde flagrou cerca de 1.500 pessoas numa festa clandestina dentro de uma casa noturna na Zona Oeste de São Paulo. A maioria dos frequentadores estavam sem máscaras e aglomerados. O lugar acabou fechado e multado.
Pela manhã de sábado, algumas lojas na região central e da Zona Oeste da cidade mantiveram o funcionamento, apesar das restrições impostas.
E na tarde de sábado, mais de 120 pessoas se aglomeraram em um bar na Zona Norte da capital. Como a fase vermelha proíbe o funcionamento de bares e outros estabelecimentos, a Vigilância Sanitária do município multou o local.
Também foram registrados ‘pancadões’ com música alta e aglomeração de pessoas em comunidades de São Paulo na madrugada de sexta. Ainda na noite de Natal, motociclistas fizeram um ‘rolezinho’ com suas motos fazendo barulho por ruas da cidade.
A reclassificação do estado para a fase vermelha foi anunciada na terça-feira (22) pelas autoridades. Um dos objetivos do governo com a medida é o de evitar a propagação do vírus durante as festas de fim ano.
Desde o início da pandemia, em março, até a manhã de sábado, o estado de São Paulo registrou 1.423.340 casos de coronavírus e 45.808 mortes em razão da doença.
Segundo o governo de São Paulo, até sábado as taxas de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais eram de 66% na Grande São Paulo e 61,9% no estado. O número de pacientes internados estava em 10.264, sendo 5.509 em enfermaria e 4.655 em unidades de terapia intensiva.
Atualmente, todos 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 604 com um ou mais óbitos.
Na quinta-feira (24), o governador João Doria chegou a São Paulo depois de ter voltado de uma viagem que fez a Miami, no dia anterior, na quarta-feira (23).
Ele afirmou nas suas redes sociais que tinha ido aos Estados Unidos com a família para participar de conferências, mas desistiu após saber que o vice-governador Rodrigo Garcia pegou covid e não poderia ficar à frente do governo na ausência de Doria.
Até quinta-feira quase todo o estado estava na fase amarela. Com exceção da região de Presidente Prudente que já figurava na fase vermelha.
A mudança só não será temporária para Presidente Prudente. Por conta do avanço nos casos e da falta de leitos de UTI, a região passa a ficar, até a próxima reclassificação, na fase vermelha, a mais restritiva do plano de flexibilização econômica e de saúde.
O governo também anunciou que em janeiro nenhuma região vai para fase verde, a menos restritiva, e que a reclassificação do estado, que estava marcada para o próximo dia 4, foi adiada para o dia 7 de janeiro.
As mudanças foram divulgadas pelos integrantes do Centro de Contingência da Covid-19, na sede do Instituto Butantan, na terça passada.
Também em 7 de janeiro é o prazo final para divulgação dos resultados dos testes com pacientes voluntários para a CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pelo Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
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G1 -Globo
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