Depois da greve dos caminhoneiros, a queda no preço do diesel ainda está longe dos R$ 0,46 acordados entre governo e líderes do movimento, que praticamente
Redação Publicado em 16/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 20h26
Depois da greve dos caminhoneiros, a queda no preço do diesel ainda está longe dos R$ 0,46 acordados entre governo e líderes do movimento, que praticamente parou o país durante 10 dias.
O excesso de impostos federais e estaduais que incidem sobre este combustível e compõe quase 30% do preço final, aliado a uma política de reajuste atrelada a flutuação do dólar geram muitas dúvidas entre economistas e donos de postos.
O óleo diesel é um produto derivado do petróleo. A frota brasileira é estimada em dois milhões de caminhões. E no país, onde o modelo de transporte rodoviário se sobressaiu sobre os outros, o diesel se tornou um produto imprescindível.
Em Bauru (SP), um dos terminais de distribuição tem capacidade para estocar até 7 milhões de litros de combustível. E por dia, saem em média de 800 mil a 1 milhão de litros que são levados pra postos de várias cidades do interior do estado.
Os tanques no terminal têm capacidade pra armazenar até 2,1 milhões de litros de diesel S-500 e até 1,7 milhão de litros de diesel S-10, que é aditivado usado na maioria da frota a partir de 2012. O diesel recebe uma mistura de biodiesel chamado de “B-100”. Esse procedimento é feito na base de distribuição.
Impostos e política de preços
Assim como existe toda uma logística para o diesel sair da refinaria e chegar aos postos, existe também um longo cálculo para formação do preço do produto.
“Nós temos impostos estaduais, federais. No caso especificamente da gasolina e do diesel, nós temos a Cide, o PIS, antigo Pasep, Cofins e tem o imposto estadual que é o ICMS. Então a hora que você soma isso mais ou menos meio a meio, no caso do óleo diesel, a 14% desses impostos federais e mais 14% em média desses ICMS estaduais. Então no diesel 28% são esses impostos”, destaca o economista Vagner Smaniotto.
No governo Michel Temer, a Petrobrás adotou a medida de flutuar o preço do combustível nas refinarias com base na oscilação do dólar. Essa política de preços provocou constantes altas no diesel, o que gerou a paralisação da categoria do caminhoneiros.
Para atender aos pedidos da categoria, o governo determinou a queda no valor do diesel em R$ 0,46 centavos por litro na bomba a contar da data base da paralisação, dia 21 de maio. Mas os resultados ainda não chegaram.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, o preço mínimo do diesel S-10 praticado em Bauru no início da greve era de R$ 3,57 o litro. A última medição feita até o dia 2 de junho , segundo a ANP , apontou que o preço mínimo estava em R$ 3,51. Ou seja , uma queda de preço de R$ 0,6 por litro, menor do que o anunciado.
Além disso, a portaria do governo obriga os postos a exibirem de forma clara o preço antes e depois do acordo, sob pena de fiscalização do Procon. Os donos de postos dizem que a medida de anunciar a queda na bomba foi paliativa.
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