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Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,34

O dólar fechou em alta em relação ao real nesta quarta-feira (14) pelo segundo dia seguido, no patamar de R$ 3,34, influenciado pela desvalorização do preço

Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,34
Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,34

Redação Publicado em 14/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 17h44


Moeda dos EUA avançou 0,79%, terminando o dia cotada a R$ 3,343.
No mês de setembro, dólar acumula valorização de 3,52%.

Dólar opera em queda nesta quarta-feira (Foto: Heloise Hamada/G1)

O dólar fechou em alta em relação ao real nesta quarta-feira (14) pelo segundo dia seguido, no patamar de R$ 3,34, influenciado pela desvalorização do preço do barril do petróleo e continuidade das preocupações com os encontros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e do banco central do Japão na próxima semana, bem como com as eleições presidenciais norte-americanas.

A moeda norte-americana avançou 0,79%, terminando o dia cotada a R$ 3,343 na venda, renovando maior cotação de fechamento desde 7 de julho (R$ 3,3659).

Agora, marcando apenas duas quedas, e acumula valorização de 3,52% em setembro. No ano, entretanto, o dólar tem queda de 15,33%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h09, queda de 0,33%, a R$ 3,3060
Às 9h59, alta de 0,12%, a R$ 3,3207
Às 10h09, alta de 0,46%, a R$ 3,3322
Às 11h, alta de 0,53%, a R$ 3,3345
Às 11h50, alta de 0,43%, a R$ 3,3309
Às 13h, alta de 0,11%, a R$ 3,3205
Às 14h10, alta de 0,19%, a R$ 3,3231
Às 15h11, alta de 0,53%, a R$ 3,3344

Cenário externo
Os preços do petróleo tiveram mais um dia de queda, diante das preocupações com o excesso de oferta.

“O petróleo virou para baixo e, em dia de agenda vazia, seguem as preocupações com as eleições norte-americanas e com a possibilidade de o Fed subir juro na próxima semana”, disse à Reuters o estrategista-chefe Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno.

À proximidade da reunião de política monetária do Fed se somam às dúvidas do mercado sobre a eficácia dos estímulos monetários de outros bancos centrais, sobretudo depois que o Banco Central Europeu (BCE) disse não ter discutido um aumento nesses estímulos em sua última reunião.

Na próxima semana, o Banco do Japão terá encontro e, para analistas, a autoridade avaliará no encontro tornar a taxa de juros negativa o ponto central de futuros afrouxamentos monetário transformando os juros como sua principal meta de política monetária em lugar da base monetária.

“O exterior continua pautando os negócios, mas houve um fluxo pontual de exportadores para puxar o preço para baixo”, afirmou o operador da corretora Advanced Alessandro Faganello.

Menos interferência do BC
O dia também foi marcado pela redução da interferência do Banco Central no câmbio. O BC anunciou uma intervenção menor em comparação ao que vinha apresentando, com a redução para 5 mil contratos da oferta de swaps cambiais reversos, anunciada na noite de terça-feira.

Para alguns profissionais, o Banco Central apenas retirou volatilidade da moeda, diminuindo pressão de compra depois que o dólar subiu R$ 0,10 do dia 8 (R$ 3,2104 no fechamento) até o dia 14 (R$ 3,3168).

“Foi correto reduzir o swap, para não colocar gasolina na fogueira. O dólar rompeu R$ 3,30 bem rápido e o BC está se adequando à percepção de risco”, disse Rostagno à Reuters.

A seu ver, o BC está reconhecendo o risco de a moeda norte-americana entrar em trajetória de apreciação por causa do Fed e eleições, e já está se adequando à medida que o cenário para a moeda está se alterando.

A entrada de dólares do país superou a retirada de divisas em US$ 646 milhões nas duas primeiras semanas de setembro, informou o BC nesta quarta-feira. No mês de agosto, US$ 1,1 bilhão deixou a economia brasileira. Já na parcial do ano, saída líquida supera entrada em US$ 9,5 bilhões.

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