Diário de São Paulo
Siga-nos

Defesa Agropecuária ‘caça’ morcegos que podem transmitir raiva em Angatuba

Na lida com o gado, Claudinei Francisco Antunes não se descuida. Ele olha o rebanho e presta atenção na possível presença de visitantes indesejáveis. Ele diz

Defesa Agropecuária ‘caça’ morcegos que podem transmitir raiva em Angatuba
Defesa Agropecuária ‘caça’ morcegos que podem transmitir raiva em Angatuba

Redação Publicado em 20/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h58


Na lida com o gado, Claudinei Francisco Antunes não se descuida. Ele olha o rebanho e presta atenção na possível presença de visitantes indesejáveis. Ele diz que os morcegos são vistos de vez em quando na propriedade.

Muitos morcegos comem frutas, mas há também os hematófagos, que se alimentam de sangue. E foi um desses que deu um grande susto e prejuízo.

Um dos animais de Claudinei morreu depois de ser diagnosticado com raiva. Ele conta que percebeu as marcas da mordida, mas que não imaginava que tivesse havido o contágio.

O pecuarista não foi o único a enfrentar essa situação este ano no Estado de São Paulo. A Secretaria de Agricultura confirmou 123 casos de raiva desde janeiro, sendo 33 só na região de Itapetininga (SP).

As ocorrências deixaram as equipes da Defesa Agropecuária em alerta. As áreas de risco estão sendo monitoradas. É o caso de outra fazenda em Angatuba (SP).

A Defesa Agropecuária visita lugares indicados pelos próprios moradores da zona rural. São abrigos úmidos e com pouca luz onde os morcegos escolhem para ficar durante o dia.

Um dos sinais que denunciam a presença de morcegos hematófagos é o registro de marcas de sangue nas fezes.

Os morcegos capturados vão para uma gaiola. Em cada um deles é aplicada uma pasta branca, chamada de vampiricida. É uma solução eficaz para evitar que o número desses animais, possíveis transmissores da raiva, aumente. Depois disso, eles são devolvidos à natureza. A equipe volta dias depois para verificar se os morcegos morreram.

César Batalha, veterinário da Defesa Agropecuária, explica que essa é uma das maneiras de fazer o controle dos animais, mas a prevenção deve começar na propriedade. A doença pode ser evitada com a vacinação.

A Defesa Agropecuária orienta que os criadores vacinem o rebanho pelo menos uma vez no ano. Animais jovens deverão também receber uma segunda dose depois de 30 dias para garantir a proteção.

Compartilhe  

últimas notícias