Corinthians encaminha acordo com KPMG para auxiliar na renegociação de suas dívidas

Débitos do Timão aumentaram quase 50% em 2019; Duilio quer controle de gastos e reduções

O Corinthians está perto de anunciar um acordo com a KPMG, uma das quatro maiores empresas multinacionais do setor de auditoria, consultoria e assessoria tributária, para auxílio na renegociação de dívidas e na captação de novos recursos.

O contrato ainda não foi assinado, mas, de acordo com pessoas ligadas à diretoria, está muito perto de ser fechado. O intuito é viabilizar uma reestruturação do clube.

Desde o começo de sua gestão, em janeiro deste ano, o presidente Duilio Monteiro Alves tem adotado um discurso de contenção e redução de despesas para reorganizar financeiramente o Corinthians.

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O Timão terminou 2020 com uma dívida próxima de R$ 1 bilhão. O valor exato é de R$ 982,8 milhões e consta no balanço financeiro divulgado recentemente. A dívida corintiana teve um aumento de 47,7% no último ano do mandato do presidente Andrés Sanchez. Até 2019, era de R$ 665 milhões.

Este montante não engloba o financiamento da Neo Química Arena. O Timão tem acordo costurado com a Caixa Econômica Federal para pagar R$ 569 milhões até 2040 – R$ 300 milhões serão abatidos com o valor que o clube receberá pela venda do nome do estádio.

Nesse sentido, a função da KPMG no clube será de uma assessoria não só para analisar todas as dívidas, mas também para auxiliar na conversa com os credores. Além de identificar e tentar viabilizar a captação de novos parceiros para o clube.

Também deve fechar um acordo para auxiliar na reestruturação a Trengrouse & Gonçalves Advogados, um escritório especializado em direito empresarial, esportivo e de entretenimento.

Não será a primeira

O Corinthians oficializou recentemente a contratação da empresa Falconi, uma das maiores no segmento de consultoria de gestão no Brasil. Um contrato de um ano foi assinado, mas há a expectativa de que o acordo perdure pelos três anos da gestão de Duilio.

A companhia vai ajudar o clube a formular um planejamento estratégico para os próximos anos, com metas e maior controle orçamentário. Serão analisados os custos e as receitas dos departamentos.

Como o ge já mostrou, a intenção da diretoria neste primeiro ano é reduzir em 20% as despesas, inclusive no futebol. Algumas ações já foram feitas, com a redução na folha salarial do elenco.