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Família confirma morte de brasileiro que viajou para lutar na guerra da Ucrânia: “Vamos deixar as cinzas dele lá”

Corpo de Luis Hack Bahi será cremado e seus familiares jogarão suas cinzas em Quixadá (CE), onde vivia

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Redação Publicado em 09/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 19h10


O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta quinta-feira (9) que o brasileiro André Luis Hack Bahi, 44, que foi para a Ucrânia para lutar na guerra contra a Rússia, morreu em combate no país do leste europeu.

A informação foi confirmada hoje pela irmã dele, Letícia Hack Bahi, que vive em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Apesar de não haver informações diretas sobre a causa da morte de Bahi, o Itamaraty declarou em nota que a tragédia ocorreu em virtude do conflito na Ucrânia. A pasta também afirmou que manterá contato com os familiares para prestar a eles toda a assistência necessária, de acordo com os tratados internacionais e com a legislação local.

A família da vítima disse que André Luis Bahi teria morrido no último sábado (4), em meio aos ataques das tropas inimigas.

“Nós estamos aguardando porque alguém vai ter que ir lá reconhecer o corpo do meu irmão”, explicou Letícia em entrevista ao G1.

Antes de se voluntariar para defender a Ucrânia da invasão militar ordenada pelo presidente russo Vladimir Putin, Bahi vivia no Ceará. Ele tinha sete filhos e se divorciou da esposa antes de viajar para a Europa.

Ele partiu para a Ucrânia em fevereiro, após fazer paradas em Portugal e França. Bahi também tem experiência em trabalho militar, pois serviu ao Exército por um ano e atuou como socorrista em Porto Alegre e Quixadá. Ele também já participou de uma missão militar na Costa do Marfim, na África.

Um amigo de Luis Hack Bahi, que lutou ao seu lado na Ucrânia, relatou aos familiares que o brasileiro teria socorrido duas pessoas e, depois, se dirigido em direção ao fogo cruzado durante uma missão em uma área bombardeada. No entanto, depois desse episódio, Bahi não foi mais visto.

Segundo a família, o corpo dele será cremado e as cinzas serão jogadas em Quixadá, cidade onde residia.

“Nós decidimos que, para Porto Alegre, a gente não vai querer que ele venha. Nós vamos deixar as cinzas dele lá, um lugar maravilhoso que ele se apaixonou”, acrescentou a irmã.

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