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Bovespa fecha em queda nesta segunda, dia de pouco movimento

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (11), acompanhando exterior negativo e com agentes

Bovespa fecha em queda nesta segunda, dia de pouco movimento
Bovespa fecha em queda nesta segunda, dia de pouco movimento

Redação Publicado em 12/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h32


Na sexta-feira, o principal índice da bolsa subiu 2,03%, a 112.833 pontos. A semana anterior fechou praticamente estável, com queda de 0,06%.

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (11), acompanhando exterior negativo e com agentes temendo o avanço da crise energética e da inflação.

O Ibovespa caiu 0,58%, a 112.180 pontos.

Na sexta-feira (8), o Ibovespa subiu 2,03%, a 112.833 pontos. A semana fechou praticamente estável, com queda de 0,06%.

Com o resultado de hoje, a bolsa acumula alta de 1,08% no mês. No ano, há queda de 5,74%.

O dólar teve nova alta nesta segunda, fechando no maior patamar em quase 6 meses.

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Cenário

A sessão desta segunda foi de poucos negócios devido ao feriado na terça-feira e com volume também reduzido nos Estados Unidos, devido ao feriado de Columbus Day, que paralisa os negócios no mercado de títulos do tesouro.

O Dow Jones caiu 0,72%, para 34.496,06 pontos; o S&P 500 perdeu 0,69%, para 4.361,19 pontos, e o Nasdaq Composite caiu 0,64%, a 14.486,20 pontos.

Para profissionais do mercado, enquanto ações de matérias-primas ganham, as de setores ligados a consumo perdem diante do cenário de inflação mais alta. Por isso, a atenção dos agentes deve se concentrar em dados de inflação e vendas no varejo dos Estados Unidos, na ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA).

Outro ponto de atenção é o início da temporada de balanços do terceiro trimestre em Wall Street, incluindo JPMorgan, Bank of America, Morgan Stanley e Citigroup e Goldman Sachs.

Segundo o economista-chefe do modalmais, Alvaro Bandeira, diante de temas como o risco de travamento orçamentário nos EUA e de novos indicadores mostrando inflação global em elevação, “os investidores devem seguir com comportamento de maior proteção”, limitando ganhos também na bolsa brasileira.

No cenário local, o ministro da Economia, Paulo Guedes, continua chamando a atenção dos mercados. Após o caso envolvendo sua offshore elevar a pressão do meio político por medidas de ajuda social, Guedes aparenta isolamento.

Os riscos fiscais permanecem sobre a mesa. Com indefinições sobre a viabilização do Auxílio Brasil, integrantes do governo cogitam acionar cláusula de calamidade pública, que permitiria a renovação do auxílio emergencial sem as amarras das regras fiscais.

“Prêmios de risco podem continuar elevados. Em primeiro lugar, sem a definição do Auxílio Brasil surgem novas propostas para a continuidade do auxílio-emergencial, como a decretação de um novo estado de calamidade pública. Por essa proposta, estes gastos sociais poderiam ficar fora das regras fiscais. Além disso, seguem as notícias desgastantes para o Ministro Paulo Guedes”, escreveram os economistas da LCA em relatório enviado aos seus clientes, segundo a Reuters.

Nesta segunda-feira, o mercado financeiro subiu de 8,51% para 8,59% as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. Foi a 27ª alta seguida no indicador. Os economistas mantiveram a estimativa de crescimento do PIB em 5,04% para 2021. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta de 1,57% para 1,54%.

O mercado financeiro também manteve em 8,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas seguem estimando alta dos juros neste ano.

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G1

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