Senado sofre críticas após novo adiamento
Marina Roveda Publicado em 05/05/2023, às 08h56
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está atrasando a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro há mais de uma semana. Isso ocorre depois que Pacheco postergou a leitura da CPMI. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), levantou uma questão de ordem sobre a regra de proporcionalidade dos blocos na comissão. Isso significa que ainda não se sabe quantas cadeiras terão os governistas, a oposição e os aliados escalados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que quer participar indiretamente da comissão.
Na quarta-feira, 26, antes da leitura da CPMI, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), moveu o próprio partido do Bloco Democracia para o Bloco Resistência Democrática. Essa mudança alterou a proporcionalidade do colegiado, desfavorecendo a oposição. Depois de ouvir a reclamação de Marinho, Pacheco disse que responderia até o final da semana, mas não deu nenhum retorno até o momento.
Nos bastidores, há informações de que Pacheco pode tirar a vaga da oposição, o que permitiria ao governo ter 12 cadeiras confirmadas na CPMI, de um total de 16. A confirmação do questionamento de Marinho é essencial para que os líderes partidários indiquem os membros da comissão.