Os dois foram atingidos, mas o familiar do menino, de apenas oito anos, teve ferimentos leves
Juliane Moreti Publicado em 21/12/2022, às 14h37
Um motorista sofreu duras consequências depois causar uma batida feia, deixando o carro estraçalhado, neste último sábado (17), em Goiânia. A Polícia deu detalhes do caso e contou que, na batida, localizada na Avenida dos Pirineus, saíram mortos e feridos.
Segundo a Polícia Civil, o acidente aconteceu quando o menino e o pai estavam na rua, vendendo balas. Desgovernado, o veículo vermelho atingiu os dois, que desmaiaram pelo choque e, a criança, de 8 anos, morreu naquele momento, no local.
O motorista tentou fugir do lugar do acidente, mas, segundos depois, o pai despertou do desmaio e notou que o homem estava fugindo. Vendo o filho caído e sem reagir, ele foi atrás do homem e deu início a uma luta corporal, seguido de um espancamento por parte do familiar da vítima, com pedradas.
Apesar de ter sido encaminhado para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira, o motorista morreu nesta terça-feira (20), depois de ter sido internado em estado grave com traumatismo craniano. Inclusive, a polícia comprovou sinais de embriaguez com uma garrafa de bebida alcóolica no veículo por parte do condutor, depois do acidente.
O pai da vítima saiu apenas ferido, mas o menino não resistiu, já no local, tendo o velório realizado neste domingo (18). Em audiência de custódia, segundo o site Ric Mais, o homem se manifestou sobre a agressão após o acontecido.
''Não tive [a intenção de matar]. Quando ele bateu em mim e eu caí no chão, já caí desmaiado também. Quando eu voltei, vi aquele homem indo embora. Se ele fosse embora, acabou tudo pra ele'', iniciou o pai da vítima.
''E aí começou a luta corporal quando eu fui segurá-lo. Todo mundo olhando, ninguém fazia nada, só eu. E meu filho lá no chão. Dei uma pedrada e aí não lembro direito. Quando ele parou de correr, eu quietei'', justificou o familiar.
A juíza Luciane Cristina concedeu liberdade provisória para o investigado. ''Não há como ignorar a situação em que os fatos se deram, não podendo mensurar a dor e a fortíssima emoção sentida pelo autuado que o levou a agir daquela maneira naquele momento, a fim de impedir a fuga do condutor do veículo que ceifou a vida de seu filho'', comunicou.