Prisão preventiva

Médico preso em flagrante por estupro é hostilizado na prisão em Bangu 8

Giovanni teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva durante uma audiência de custódia

Médico teria sido hostilizado ao chegar em Bangu - Imagem: Instagram @giovanniquintellabezerra / Freepik

João Perossi Publicado em 13/07/2022, às 08h12

Nessa noite de terça-feira (12) momentos de grande tensão teriam se instaurado na penitenciária pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido popularmente como Bangu 8. Segundo apurou a TV Globo, os presos que alí estavam teriam sacudido as grades, xingado e vaiado o médico Giovanni Quintella, preso por estuprar uma mulher em trabalho de parto.

Giovanni, de 31 anos, teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva durante uma audiência de custódia realizada também dia 12. Além do flagrante, a delegada Bárbara Lomba investiga outros possíveis 5 casos de violência sexual cometida pelo anestesista.

Durante a audiência, a juíza Rachel Assad se pronunciou duramente sobre o caso: "A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico"

A juíza ressaltou a metodicidade do crime, já que o próprio anestesista teria ministrado doses imensas de sedativo para impedir qualquer reação por parte da mulher. Foi feita também uma declaração sobre o trauma gerado à vítima: 

"Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários"

O custodiado permanecerá em reclusão na penitenciária por tempo indeterminado, mas terá a situação reavaliada depois de 90 dias, ou se antes disso o Ministério Público receber o inquerito policial e então decidir se haverá ou não denúncia.

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