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Quer tal olhar para o ambiente político em que você pode interferir?

Urna eletrônica. - Imagem: Divulgação

Kleber Carrilho Publicado em 27/07/2024, às 06h00 - Atualizado às 07h02

É natural que as grandes jogadas da política internacional sejam empolgantes para muita gente. E, realmente, elas são importantes para entender o mundo, prever o futuro, que mesmo assim continua imprevisível, além de saber como ainda é possível ter esperança em transformações no ambiente global.

Quem não conseguiu acompanhar e se empolgar com as eleições dos EUA nas últimas semanas, por exemplo, que tiveram atentados e desistências, muito mais emocionantes do que qualquer roteirista de Hollywood poderia escrever, com impactos não só por lá, mas também nas guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza?

Porém, por mais que tenhamos essa paixão pelas grandes jogadas de xadrez entre Trump, Biden e Harris, Macron, Scholz e Zelensky, Putin, Xi e Modi, ninguém nos convida para essas partidas. O que realmente muda a vida é o que acontece bem perto de casa, na rua, no bairro, na cidade. Mesmo as jogadas de Brasília, que têm nossos votos, geralmente são bem distantes para a nossa interferência direta.

Mas o que acontece nas esquinas, padarias e feiras livres, que às vezes parece meio sem graça e simplório como um jogo de damas ou de dominó, é onde devemos interferir o máximo que pudermos.

Assim como o meme que diz que é ótimo o texto defendendo o voto na Kamala Harris, mas lembrando que você mora em Curicica, muito compartilhado nesta semana, eu também prefiro meus momentos de lucidez sobre a importância essencial da política local.

Para a política internacional, embora este seja meu tema na maior parte do tempo, devemos usar o tempo que sobra. E dedicar muito mais esforço ao que realmente é possível interferir e liderar.

Neste ano, que tem eleições municipais no Brasil antes mesmo das dos EUA, é fundamental discutir as cidades, o futuro delas diante dos desafios climáticos, e se os candidatos a prefeito e a vereador têm ideias claras de como encarar esse cenário.

Portanto, é hora de nos empolgarmos tanto quanto na defesa de Harris ou Trump, para saber quem pode mudar (para melhor) o ambiente em que moramos.

Por isso, vale a pena olhar para o que tem acontecido por aí, nos ambientes de interação pessoal e também nas redes sociais e grupos de WhatsApp. O que os pretendentes aos cargos na sua cidade estão fazendo? Já estão mostrando as propostas? Ou só estão fofocando sobre os adversários nas redes?

Trump PUTIN eua Biden ZELENSKY Faixa de Gaza

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