Hoje, ao se proclamar evangélica, a pessoa é imediatamente vinculada ao bolsonarismo e à extrema-direita
Jair Viana Publicado em 14/03/2024, às 10h26
IDENTIDADE - A igreja evangélica brasileira tornou-se um marco quase identitário da extrema-direira bolsofascista. Hoje, ao se proclamar evangélica, a pessoa é imediatamente vinculada ao bolsonarismo e à extrema-direita. É bom ou ruim?
RUIM - Para o evangélico tal identidade extremista é mais que ruim. É péssimo. Ao ser vinculado a tal espectro político, tudo aquilo de ruim que tal grupo defende, naturalmente é lançado sobre a pessoa, mesmo que ela, sendo evangélica, nunca se identificou com tais pautas.
LIDERANÇA - O mal maior dos evangélicos está nas autoproclamadas lideranças. Silas Malafaia, Renê Terra Nova, Rina Pereira, Estevam Hernandes entre outros, manipularam e continuam manipulando seus seguidores, vendendo a ideia de que o bolsofascismo é o movimento ideal para o "verdadeiro" cristão. Hoje, esse povo tem em Jair Bolsonaro uma quase representação da fé cristã. Triste!
EFEITOS - O bolsofascismo infectou a igreja de tal forma que o discurso que antes era de amor, paz, solidariedade, comunhão, fé, hoje, no meio evangélico, a política armamentista é difundida com tom doutrinário. Os fiéis são levados a valorizar mais o espectro político que a própria fé e o amor. A história cobrará a igreja no futuro.