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Alcolumbre cobra ‘reciprocidade’ da Câmara na votação de projetos do Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cobrou, nesta terça-feira, "princípio de reciprocidade" da Câmara na votação de projetos aprovados pelos

Alcolumbre cobra ‘reciprocidade’ da Câmara na votação de projetos do Senado
Alcolumbre cobra ‘reciprocidade’ da Câmara na votação de projetos do Senado

Redação Publicado em 08/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h08


Referência foi especialmente ao projeto da renda básica emergencial aprovado na semana passada que amplia o alcance do auxílio de R$ 600

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cobrou, nesta terça-feira, “princípio de reciprocidade” da Câmara na votação de projetos aprovados pelos senadores. A referência dele foi especialmente ao projeto aprovado na semana passada que amplia o alcance do auxílio de R$ 600 que será pago pelo governo a trabalhadores informais e intermitentes durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Segundo Alcolumbre , ele já procurou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para pedir que a Casa analise as propostas que recebe do Senado.

O amapaense afirmou que ligou para Rodrigo Maia (DEM-RJ), que preside a Câmara, para pedir reciprocidade na rapidez de votação de projetos, especialmente o que amplia a Renda Emergencial durante a pandemia da Covid-19.

Ao cobrar reciprocidade, Alcolumbre também afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra , só será votada no Senado por ser um projeto liderado pelo próprio Maia.

“Eu disse a ele: ‘Rodrigo, vamos valorizar as iniciativas do Senado . Eu quero a mesma celeridade. Eu não quero protagonismo, não tenho projeto, não apresentei emenda. Quero reciprocidade’. E ele entendeu que as nossas manifestações são honestas, de coração, pedindo para que ele trate o Senado como nós tratamos a Câmara”, reforçou Alcolumbre.

A demora da Câmara em votar os projetos vindos do Senado tem irritado alguns senadores, que se queixaram da situação durante a sessão desta terça-feira (7), especialmente em relação ao projeto de ampliação do benefício emergencial . Relator da proposta que ficou conhecida como “pacotão social”, Esperidião Amin (PP-SC) se queixou que não tem sequer notícia de deliberação pela Câmara.

“Lembro também que estamos esperando que a Câmara delibere sobre o arranjo, a ampliação que nós fizemos na questão do auxílio emergencial e não tenho notícia de deliberação. De forma que não adianta nós nos apressarmos sem que haja pressa na corrente, ou seja, na cadeia produtiva da lei e do resultado da lei”, disse o senador.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) também pediu que Alcolumbre converse com Maia sobre a medida aprovada nesta noite, que socorre micro e pequenas empresas para evitar demissões em meio à crise do novo coronavírus.

“Quero fazer um apelo aqui ao nosso Presidente Davi, que está de volta. Se a Câmara dos Deputados tratar esse projeto com a consideração que normalmente tem tido com os projetos que saem do Senado, esse projeto será morto pelo tempo, ele não vai acontecer na prática. Se a Câmara demorar 10% do que demorou até hoje para aprovar o fim do foro privilegiado, o projeto está morto. Se a Câmara demorar o tanto que demorou para aprovar aquele célebre trato que o senhor fez com Rodrigo Maia, de que nós teríamos um tempo par votar as medidas provisórias, o que nunca foi feito, o projeto está morto”, cobrou Oriovisto.

iG

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