A greve dos caminhoneiros acabou há duas semanas, mas a distribuição do gás de cozinha não está totalmente normalizada na região noroeste paulista. Em Jales
Redação Publicado em 15/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h00
A greve dos caminhoneiros acabou há duas semanas, mas a distribuição do gás de cozinha não está totalmente normalizada na região noroeste paulista. Em Jales (SP), algumas revendedoras ainda não deram conta de acabar com a lista de espera.
O estoque da maioria das revendedoras na cidade está vazio. Os representantes dizem que os botijões estão chegando aos poucos, mas num volume que não dá para atender todos os clientes.
“A região toda é atendida por Ribeirão Preto. Quando acabou a greve, carregava caminhão todo dia, agora está pior, o caminhão fica dois, três dias para carregar a carga”, afirma o dono de revendedora Juliano Carvalho.
O Paulo Pacheco Júnior é dono de uma revendedora e diz que a cada semana está mais demorado envasar os botijões. O caminhão que busca gás para ele está parado em Ribeirão Preto.
“O medo de outra paralisação ou medo de ficar sem gás as pessoas estão enchendo o estoque. Quem tem dois botijões vazios estão enchendo os dois para não ficar sem”, afirma.
Com isso o jeito é improvisar. A policial civil Bárbara de Matos Cardozo nos últimos três dias esquenta o leite das crianças no micro-ondas. Alguns equipamentos elétricos saíram do armário porque o gás de cozinha acabou.
“Por conta da falta do gás, tivemos de sair para comer fora, em restaurante, tivemos de improvisar com panela elétrica para dar comida para as crianças”, afirma.
Em Rio Preto e Araçatuba a situação é parecida. Não tem revenda com estoque zerado, mas a procura tem sido muito grande, e o que chega vai embora rápido, segundo a associação dos distribuidores.
As empresas de gás informaram que estão envasando até mais do que envasavam antes da greve, mas o problema é que as pessoas estão querendo se precaver e ter um botijão extra em casa. Por isso a demanda está maior do era antes da greve.
Em Araçatuba, de 19 distribuidoras de gás de cozinha, em 14, a venda já está normalizada, e uma delas não tem botijões para venda e não tem expectativa para chegar. Em outras quatro distribuidoras, o gás está chegando metade do esperado, mas estão conseguindo atender a demanda diária.
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