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Zé Rafael celebra “eternidade” no Palmeiras e mira novo Mundial: “Vamos nos preparar muito mais”

Com dois títulos de Libertadores na mesma temporada, Zé Rafael é parte importante da geração do Palmeiras que marcou a história do clube alviverde em 2021.

Zé Rafael celebra “eternidade” no Palmeiras e mira novo Mundial: “Vamos nos preparar muito mais”
Zé Rafael celebra “eternidade” no Palmeiras e mira novo Mundial: “Vamos nos preparar muito mais”

Redação Publicado em 20/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h15


Com dois títulos de Libertadores na mesma temporada, Zé Rafael é parte importante da geração do Palmeiras que marcou a história do clube alviverde em 2021.

Titular absoluto e homem de confiança de Abel Ferreira, o meio-campista superou críticas ao time e ao trabalho da comissão técnica para conviver com a pressão de vestir a camisa do Verdão.

– Foi fantástico, a gente não tem dimensão do tamanho que foi. Daqui muitos anos, quando a gente tiver parado e só torcendo, aí vamos ter a real noção do quanto a gente foi importante para a história do Palmeiras. Com uma (Libertadores), a gente já tinha entrado para a história do clube; com duas seguidas, é eternidade. Dificilmente isso vai acontecer tão cedo. A gente fica muito feliz e grato por isso – afirmou, em entrevista ao ge.

Zé Rafael, do Palmeiras, na festa do título da Libertadores de 2021 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Zé Rafael, do Palmeiras, na festa do título da Libertadores de 2021 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Depois daquilo que descreveu como “muita pancada”, Zé Rafael viu o time viver a consagração contra o Flamengo, na decisão da Libertadores, e ganhar a oportunidade de escrever nova história no Mundial de Clubes da Fifa, marcado para fevereiro do ano que vem.

Antes, porém, o elenco já sabe que a pressão por novas conquistas volta a rondar a Academia de Futebol logo no início da temporada, quando o Verdão já terá compromissos pelo Campeonato Paulista antes da viagem para Abu Dhabi.

– A gente está sempre sendo colocado à prova. Neste ano, jogamos Supercopa e Recopa, não fomos bem e julgaram a nossa equipe, falaram que a gente não prestava. É difícil entender, porque a gente fez um grande 2020, mas o início de 2021 foi um balde de água fria. A gente não esperava perder esses títulos, mas faz parte do futebol. A gente teve de aguentar muita pancada – disse Zé Rafael.

Zé Rafael na final entre Palmeiras e Flamengo na Libertadores 2021 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Zé Rafael na final entre Palmeiras e Flamengo na Libertadores 2021 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Garantido no Mundial de Clubes da Fifa mais uma vez, o Verdão vai enfrentar na semifinal o vencedor do confronto entre Monterrey, do México, e Al Ahly, do Egito. Atual campeão europeu, os ingleses do Chelsea estão garantidos na outra semifinal.

Números de Zé Rafael na temporada 2021:

  • 48 jogos
  • 35 jogos como titular
  • Três gols marcados
  • Três assistências

Na edição de 2020, os palmeirenses decepcionaram com derrotas contra o Tigres, do México, na semifinal, e contra o Al Ahly, na disputa do terceiro lugar. Com mais tempo de preparação, Zé Rafael confia em um melhor desempenho.

– É uma oportunidade de ouro para nós, mais uma vez. No ano passado, a gente não conseguiu desempenhar nosso melhor, mas tenho certeza de que vamos nos preparar muito mais. Temos uma nova chance de mostrar que a gente tem condição de realizar mais um feito histórico. Eu espero que nossa equipe consiga se preparar da melhor forma para enfrentar o torneio. A gente não pode falar do futuro, de o Palmeiras enfrentar o Chelsea. A gente não sabe o que vem pela frente. Prefiro chegar em fevereiro pronto e preparado para o primeiro adversário, para primeiro passar dele e depois, independentemente de quem seja, que a gente possa vencer. Estou muito feliz, grato, espero poder estar lá com saúde fazendo o que mais gosto.

Veja outros trechos da entrevista com Zé Rafael:

Temporada de 2021 após 2020 histórico
– Depois da final do Paulista, levamos mais pancadas, mas continuamos trabalhando com foco. Saímos de uma maneira desastrosa da Copa do Brasil, mas acreditamos que a gente tinha potencial para conquistar algo grande. Foi nisso que a gente focou. Conseguimos conquistar mais uma Libertadores, isso mostra que a nossa equipe é resiliente, que trabalha e quer sempre estar vencendo. O futebol exige isso. Ganhamos e daqui a dois meses começa o Paulista, e temos de ganhar de novo. A gente nunca para de lutar, de tentar sempre ser campeão. Temos adversários que se preparam também, mas para o torcedor é mais difícil entender isso, porque quer ganhar sempre. Nós damos o nosso melhor e estamos sendo efetivos nessa parte, com grandes títulos em dois anos maravilhosos para o Palmeiras.

Trabalho do Abel durante o ano
– Não só o Abel apanhou, muitos de nós fomos crucificados por motivos que às vezes nem entendemos. Futebol é coletivo, mas muitas das cobranças são feitas individualmente. Incomoda, mas a gente tem de entender. O Abel foi muito cobrado, se falou que não era aquilo tudo, que tinha pegado o bonde andando. Ele, como nós, mostrou mais uma vez que com sequência e confiança no processo, no final vale a pena. É um cara que está sempre dando o melhor, estudando os adversários e preparando a nossa equipe. Ele tem sido muito importante por dar essa consistência para a nossa equipe. Ele é muito focado e trabalha muito para estar sempre vencendo.

Preparação para Abu Dhabi
– A gente vai um pouco mais experiente, com um pouco mais de tempo para preparação. Isso é um ponto-chave. Ano passado foi muito corrido e atropelado como foi o ano todo. Não tivemos o período correto para se adaptar e mudar a chave. Você é campeão da Libertadores e já viajou para um torneio que é totalmente diferente, com outras equipes, características e outro nível de jogo. Espero que a gente possa fazer isso nessa nova oportunidade, que a gente possa desfrutar e fazer o nosso melhor.

Jogadores do Palmeiras na festa do título da Libertadores de 2021 — Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

Jogadores do Palmeiras na festa do título da Libertadores de 2021 — Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

Sequência como titular do Palmeiras
– É difícil falar de você mesmo, ainda mais quando tem companheiros muito qualificados. Eu acredito que sou uma mistura de técnica com agressividade e competitividade, um cara que está sempre disputando, não deixo o adversário pensar e estou sempre próximo. Para jogos específicos, como tem sido nesses anos, me encontrei nessa nova função. Esse ano um pouco melhor do que no ano passado, que foi meu primeiro ano como volante. Acho que estou melhor posicionado, melhor preparado, com a leitura melhor de jogo. Isso tem feito a diferença para eu poder ajudar a nossa equipe da maneira que o treinador pede. Tem encaixado, né? Porque para ele me utilizar da maneira como tem feito, é porque gosta, porque estou fazendo bem feito. Vou continuar buscando evoluir.

Força da torcida do Palmeiras na final em Montevidéu
– Eu estava tão focado e preparado para o que ia acontecer dentro de campo que comecei a reparar na torcida quando a gente entrou. Minutos antes de começar, no aquecimento, percebi que eles estavam atrás do gol e muito empolgados, preparados para empurrar a gente. Vi que a maioria era flamenguista, mas estava sentindo que eles estavam mais tensos do que a gente. A nossa equipe e a nossa torcida estavam em sintonia, sabiam que estávamos preparados e prontos para qualquer coisa que acontecesse dentro de campo, que nada ia tirar o título do Palmeiras. Esse foi meu sentimento antes e durante o jogo. Estava bem tranquilo.

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Globo Esporte

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