Trabalhadores da Avibras Indústria Aeroespacial, empresa brasileira fabricante de equipamentos bélicos e de defesa civil, encerraram onrtem(22) greve de 24
Redação Publicado em 23/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h16
Trabalhadores da Avibras Indústria Aeroespacial, empresa brasileira fabricante de equipamentos bélicos e de defesa civil, encerraram onrtem(22) greve de 24 horas após conseguirem dois meses de estabilidade no emprego para todos que permanecem na fábrica, além do pagamento do dia de paralisação. A proposta da empresa foi aprovada em assembleia, nesta terça-feira.
A greve começou segunda-feira(21) como reação às demissões de 420 trabalhadores ocorridas na sexta-feira (18). Além disso, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial.
“Fica um ponto de interrogação na cabeça de todos os trabalhadores, se vão seguir empregados ou não. Foram todos pegos de surpresa e as demissões ocorreram em todos os setores”, disse o presidente do Sindicato Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves, no dia da deflagração da greve.
Na negociação com o sindicato, a Avibras se recusou a cancelar as demissões. Por isso, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a luta pela volta de todos os trabalhadores continua. Antes da demissão em massa, a fábrica tinha 1,5 mil funcionários.
Os trabalhadores demitidos saíram em passeata, na manhã desta terça-feira, como parte das ações para reverter as 420 demissões.
O sindicato informou que ingressou com uma ação civil pública na Justiça do Trabalho, ontem (21), para reverter as demissões. Na ação, o sindicato solicita com urgência a concessão de uma liminar que suspenda todas as demissões realizadas pela Avibras.
Nesta terça (22), a Justiça deu prazo de 48 horas para que a empresa se manifeste sobre os desligamentos. Após o prazo, o Ministério Público do Trabalho também terá 48 horas para se manifestar, conforme informações do sindicato.
O sindicato iniciou uma campanha pela estatização da Avibras e enviou ontem pedido de reunião com os governos federal, estadual e municipal para tratar do assunto.
“Uma empresa como a Avibras, que é estratégica para o país, não pode ficar nas mãos do capital privado. O setor de defesa depende de recursos do governo e os grandes beneficiados são os acionistas. O Governo Federal tem o dever de dar início ao processo de estatização da Avibras”, afirmou o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.
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Agência Brasil
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