O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo condenou, na quinta-feira (6), o delegado aposentado Moacir Rodrigues de Mendonça pelo crime de estupro contra a
Redação Publicado em 07/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 13h24
O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo condenou, na quinta-feira (6), o delegado aposentado Moacir Rodrigues de Mendonça pelo crime de estupro contra a própria neta, em Olímpia (SP). O crime foi em setembro de 2014, em um hotel da cidade. Na época, a vítima, que mora em São José do Rio Preto (SP), tinha 16 anos. O advogado foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado.
O delegado pode recorrer da sentença em liberdade por ser a primeira condenação, mas a advogada da vítima disse que irá entrar com pedido de prisão imediata, já que recentemente o Supremo Tribunal Federal entendeu que após a condenação pelo TJ o réu deve ser preso.
A decisão do TJ foi unânime e reverteu a sentença que, em maio do ano passado, absolveu Mendonça e o colocou em liberdade. O Ministério Público recorreu contestando a sentença do juiz. Ele era delegado assistente do 1º Distrito Policial de Itu (SP) e ficou preso por um ano e seis meses enquanto aguardava julgamento do caso.
Na época da absolvição, a mãe da vítima, Virna Heloísa de Mendonça, ficou inconformada com a decisão do juiz que absolveu o pai dela da acusação de estupro. Segundo Virna, durante todo o processo foi ameaçada pelo pai. “Ele ligou e falou para não dar continuidade, não dar queixa, porque poderia trazer problemas para meu marido, que é policial militar. Ele ameaçou meu marido com o poder que tem de levar problema para ele no trabalho. Na minha casa teve dois tiros, o muro da minha casa foi quebrado”, disse na ocasião.
Entenda o caso
O crime teria acontecido em setembro de 2014, em um hotel na cidade de Olímpia. Os dois foram passar um final de semana no local. O convite partiu do avó, na época com 62 anos. O combinado era de que ele iria com a neta, a irmã dela e uma irmã dele, mas na última hora decidiu viajar só com a neta de 16 anos.
A jovem conta que já na primeira noite foi obrigada a ter relação sexual com o avô. “Ele me puxou pelo braço e me jogou na cama, eu fiquei muito assustada. Senti muito medo, porque nunca iria imaginar que ele ia fazer esse tipo de coisa”, afirmou a jovem.
Na segunda noite, o avô, segundo a jovem, tentou de novo, mas dessa vez ela teria conseguido se livrar dele.
“No segundo dia ele tentou e eu o empurrei. Ele falou que queria se despedir de mim, porque no outro dia a gente ia embora. Fiquei entre a cama e a escrivaninha, encolhida. Ele comprou um celular para mim e falou que era para ficar entre eu e ele e que se eu falasse alguma coisa, ele ia falar que eu era louca”, contou.
Durante 20 dias, a adolescente não contou nada a ninguém, nem para os pais. “Fiquei meio que em estado de choque, queria falar, mas não conseguia. Eu ficava irritada por qualquer coisa. Comecei a trancar as portas para ficar sozinha, não aguentava mais, só chorava, só chorava, toda noite eu pedia, porque aconteceu isso comigo, comecei a questionar a existência de Deus, porque deixou acontecer isso comigo”, disse.
A mãe diz que o caso só veio à tona depois de a filha se trancar no quarto e tentar se matar. “Meu marido arrombou a porta e a viu com a arma na boca. Meu marido percebeu, tomou a arma dela. Eu questionei a razão daquilo, porque estava acontecendo aquilo. Aí ela começou a contar. Eu fiquei muito revoltada, me senti enganada. Eu tinha 38 anos, então fui enganada 38 anos porque uma pessoa não é assim de uma hora para outra, a pessoa quando tem esse costume, ela comete esse crime, não é a primeira vez que comete”, afirma.
Na época, Moacir Rodrigues de Mendonça, ainda atuava como delegado em Itu. A denúncia da mãe foi feita à corregedoria da Polícia Civil. Nos depoimentos, o delegado nega que tenha mantido relação sexual com a neta. O juiz não acreditou na versão do delegado e, na sentença, diz estar convencido de que Mendonça manteve relação sexual com a neta. Ele afirmou na sentença, no entanto, que a adolescente concordou com tudo e que ela teria condições de reagir e impedir o avô, que não usou força física.
A jovem diz que isso não é verdade e que se sentiu ameaçada e intimidada psicologicamente. “Eu acho ridículo isso, como uma pessoa em sã consciência iria querer deitar com uma pessoa do próprio sangue, que é da família, como uma pessoa iria fazer isso?”, disse.
*Com informações da TV TEM
Leia também
Conheça a história da francesa drogada pelo próprio marido para ser estuprada por mais de 80 homens
Com amante em A Fazenda 16, Gracyanne Barbosa atualiza estado civil
MISS BRASIL 2024: candidata de Pernambuco se torna a primeira mãe a representar o país
Ex-Paquita aproveita audiência do documentário e rasga o verbo: "Hipocrisia"
Marlene Mattos quebrou o silêncio e se pronunciou sobre o documentário das Paquitas
Combate de crimes em terras indígenas terá apoio da Força Nacional
Bombeiros socorrem três vítimas após incêndio em apartamento na zona sul de SP
Troca de tiros em estacionamento de faculdade assusta alunos na Vila Mariana
Comediante cega é vítima de importunação sexual durante show em SP
Joelma sofre acidente e futuro dos shows está comprometido; saiba o que aconteceu