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Testemunhas do caso do médico morto em SP não reconhecem 2 suspeitos detidos, diz delegado

Dois detidos por suspeita de participação no assassinato do médico Roberto Kikawa não foram reconhecidos pelas testemunhas do crime, informou nesta

Testemunhas do caso do médico morto em SP não reconhecem 2 suspeitos detidos, diz delegado
Testemunhas do caso do médico morto em SP não reconhecem 2 suspeitos detidos, diz delegado

Redação Publicado em 14/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h21


Secretária e filha disseram que adolescente e homem detidos não são os mesmos sujeitos que mataram Roberto Kikawa durante roubo no sábado passado.

Dois detidos por suspeita de participação no assassinato do médico Roberto Kikawa não foram reconhecidos pelas testemunhas do crime, informou nesta quarta-feira (14) o delegado que investiga o caso em São Paulo.

Segundo Wilson Zampieri, titular do 17º Distrito Policial (DP), Ipiranga, na Zona Sul da capital paulista, a secretária do médico e a filha, que estavam com Roberto no momento em que ele foi baleado, não reconheceram um adolescente de 15 anos e um homem como os dois sujeitos que os abordaram na noite do último sábado (10).

“Tanto a mulher quanto a filha dela disseram que os dois detidos não eram os mesmos que tentaram roubá-los, enquanto eles estavam dentro do carro do médico”, disse nesta manhã o delegado Wilson.

Segundo o delegado, como o adolescente havia sido apreendido na terça-feira (13) em Minas Gerais, foram apresentadas fotos deles às testemunhas, que também são vítimas nesse caso. “Elas viram as fotos e não reconheceram o menor”.

O médico gastroenterologista Roberto Kunimassa Kikawa — Foto: Renato Stockler/CIES Global/Divulgação

O médico gastroenterologista Roberto Kunimassa Kikawa — Foto: Renato Stockler/CIES Global/Divulgação

Ainda de acordo com Wilson, no início da manhã desta quarta-feira, um homem foi preso na comunidade de Heliópolis e levado para a delegacia, onde a secretaria e a filha também não o reconheceram.

“Estamos fazendo a nossa parte, que é ir atrás de suspeitos do crime, mas se as vítimas dizem que não são eles temos de continuar procurando os verdadeiros culpados”, falou o delegado.

Como o adolescente detido na terça pela polícia de MG ainda é suspeito de participar de outro crime, o roubo de carros de luxo em SP, ele deverá ser transferido para a capital paulista.

“O garoto confessou esse crime do roubo de carros, mas negou ter participado da morte do médico”, disse Wilson. “Ela havia fugido de São Paulo a Minas após imagens do roubo que mostram esse jovem serem amplamente divulgadas pela imprensa”.

Polícia investiga se adolescente apreendido em MG participou da morte de médico em SP

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Pelo fato de ser menor de idade, o adolescente deverá cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa. Elas são passíveis de restrição de liberdade por um período determinado.

Como o homem detido nesta quarta em Heliópolis também não foi reconhecido pelas testemunhas, existe a possibilidade de que ele seja liberado.

Além de buscas por eventuais suspeitos pela morte do médico, a Polícia de São Paulo também analisa câmeras de segurança que gravaram o crime contra Roberto.

Nelas é possível ver dois sujeitos se aproximando do carro dele, um Jeep Compass branco, avaliado em mais de R$ 100 mil. O veículo estava estacionado na Rua do Manifesto.

Marcas de tiro no carro do médico Roberto Kikawa — Foto: Divulgação

Marcas de tiro no carro do médico Roberto Kikawa — Foto: Divulgação

Dentro do automóvel estavam Roberto, de 48 anos, sua secretária e a filha. Nas imagens é possível ver os criminosos armados abrindo a porta do Jeep. Em seguida dizem algo e um deles atira duas vezes no médico.

Depois os bandidos fogem sem levar nada. Segundo as vítimas que sobreviveram, a dupla atirou em Roberto por desconfiar que ele pudesse ser policial. Além disso, a secretária contou à investigação que, durante a tentativa de roubo, o médico não conseguiu destravar o cinto de segurança para descer do carro, o que irritou os bandidos.

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