O governo do estado de São Paulo rompeu em 14 de dezembro os contratos com as empresas que executam as obras dos trechos 1, 2 e 3 do Rodoanel Norte. A estatal
Redação Publicado em 02/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h46
O governo do estado de São Paulo rompeu em 14 de dezembro os contratos com as empresas que executam as obras dos trechos 1, 2 e 3 do Rodoanel Norte. A estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) prepara uma nova licitação para dar sequência a esses três lotes do empreendimento.
A Dersa afirma em nota que a decisão de deve à incapacidade das empresas para a continuidade das obras.
O prazo inicial para a conclusão das obras era fevereiro de 2016. A judicialização dos processos de desapropriações e as dificuldades financeiras das construtoras no decorrer das obras resultaram em ritmo mais lento, de acordo com a Dersa.
O custo do Rodoanel Norte, que inclui obras brutas, obras complementares, desapropriações, reassentamentos, compensações ambientais, entre outros investimentos, é de R$ 10,03 bilhões, já incluídas as correções desde 2013, quando foram iniciadas as obras. Naquele mês, o valor total do empreendimento era de R$ 5,6 bilhões.
De acordo com a Dersa, 86% das obras do Rodoanel Norte estão concluídas. Veja o percentual de execução de obras em cada lote:
O Rodoanel Norte é o último trecho que falta para terminar o Rodoanel Mário Covas. Com 44 km, ele vai se ligar ao Trecho Leste na altura da Rodovia Presidente Dutra, em Arujá, e ao trecho Oeste perto da Rodovia dos Bandeirantes, em Perus. Permitirá também interligação com a Rodovia Fernão Dias e com o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Contratos de obras do Trecho Norte do Rodoanel foram alvo de operação da Polícia Federal em junho de 2018. Relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria Geral da União (CGU) e um laudo pericial da Polícia Federal apontam fraude, superfaturamento e sobrepreço nos contratos.
As investigações apontaram suposta prática de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação, crime contra a ordem econômica e de desvio de verbas públicas. As obras contaram com recursos da União, do governo do estado de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foram fiscalizadas pela Dersa
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