Com o receio de perder jogadores precocemente, o Santos tem se prevenido para afastar os olhares europeus sobre algumas de suas principais promessas da base.
Redação Publicado em 08/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h21
Com o receio de perder jogadores precocemente, o Santos tem se prevenido para afastar os olhares europeus sobre algumas de suas principais promessas da base. Para isso, adotou uma estratégia: propor contratos longos e com uma alta multa rescisória para segurar os Meninos da Vila.
Os últimos a assinar o primeiro contrato profissional com o Santos foram o volante Ivonei Jr, o lateral-direito Cadu e o zagueiro Derick. Os contratos são de três anos, com opção de renovação por mais dois anos. Vale lembrar que todos os atletas têm passagens pela base da seleção brasileira.
A multa rescisória de Ivonei Jr e Cadu está na casa dos 100 milhões de euros (cerca de R$ 444 milhões), ou seja, o dobro daquela de Rodrygo, que assinou seu primeiro contrato profissional com o Santos no ano passado e, com menos de 30 partidas em 2018, já foi negociado com o Real Madrid. Já a de Derick é de 70 milhões de euros (cerca de R$ 290 milhões).
O Santos quer assinar com o atacante Kaio Jorge, já promovido ao profissional, o meia Giovani e o volante Sandry.
As conversas com Kaio Jorge, nova aposta do técnico Cuca, já começaram e estão encaminhadas. O desfecho pode acontecer no próximo dia 21. O Peixe espera a volta do jogador da seleção brasileira sub-17, onde disputará alguns amistosos. O retorno está previsto para dia 18.
Ao GloboEsporte.com, o pai de Giovani, André, falou que uma reunião com o gerente da base Marco Maturana ocorrerá nesta semana.
– Estamos aguardando o empresário dele chegar de viagem. Acredito que nesta semana deve ser marcado uma reunião. Vamos ver qual será a proposta do Santos – comentou o pai.
Polêmica no meio do ano
Antes do Mundial sub-17, em maio, na Espanha, os pais de Kaio Jorge, Cadu, Ivonei Jr e Derick foram chamados pela diretoria do Santos para que os atletas assinassem o primeiro contrato profissional. Segundo os pais, o Peixe ofereceu três mil reais no primeiro ano, quatro no segundo e cinco no último, sem bônus para promoções. Não houve contraproposta por parte dos familiares. Com a recusa, a diretoria do Santos não deixou os jogadores viajarem para a Espanha para disputarem a competição.
*Colaborou sob supervisão deJuliano Costa
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