Samuel Dias crê que mudança de estratégia fez Botafogo-SP evoluir na temporada

Criticado após eliminações precoces, Pantera se recuperou e está a um passo de vencer a Copa Paulista

Apesar de ter entrado no “olho do furacão” do Botafogo-SP, o técnico Samuel Dias enxerga que as mudanças implantadas por ele foram fundamentais para a remontada tricolor na temporada. O comandante assumiu o criticado time na Copa Paulista, após eliminações prematuras no Campeonato Paulista e na Série C do Campeonato Brasileiro.

Terceiro treinador a assumir o posto na temporada, Dias é o menos conhecido, mas tornou-se o único a dar o resultado desejado. Com Alexandre Gallo, o Pantera somou um ponto em quatro jogos no início do estadual, o que fez a diretoria trocar o comando.

Com Argel Fuchs, o Bota deixou a zona de rebaixamento do Paulistão, mas não conseguiu engrenar rumo ao mata-mata. Mantido para a Série C, as expectativas em seu trabalho foram todas postas no nacional.

Você é pecador? Governo está prestes a aprovar ‘Imposto do pecado’; entenda

Cidade proíbe venda de sorvetes após meia noite; entenda o motivo

Porém, apesar de um primeiro turno competitivo, o Tricolor saiu dos trilhos na segunda metade da fase de grupos, acabou eliminado logo de cara e não retornou à Série B. Assim, Fuchs foi sacado e, para o último torneio do ano, Samuel foi escolhido e mudou a equipe “da água para o vinho”, o que, segundo ele, aconteceu por conta da mudança de filosofia e estratégia.

– A gente foi muito criticado, o grupo foi muito criticado pelo Paulista e pela Série C, a gente não conseguiu o objetivo, mas temos mais uma oportunidade de poder terminar o ano melhor do que a gente foi. Conseguimos uma classificação para a Copa do Brasil, algo que o clube queria tanto. É trabalho, a gente mudou nossas ideias de trabalho, era uma equipe muito reativa, jogava muito em transição, se defendia mais para sair em velocidade. Desde quando eu assumi, conversei com os atletas para a gente mudar nossa forma de jogar, já que temos muitos jogadores técnicos, de passe, construtores, fazem a bola circular, então a gente tentou usar o máximo de características desses atletas no nosso trabalho – disse.

O ataque, problemático há alguns anos no estádio Santa Cruz, foi um dos setores que melhorou sob comando de Samuel Dias. Com Gallo e Fuchs, foram 31 jogos e 25 gols feitos – média de 0,8 por jogo.

Com o novo técnico, o time balançou as redes adversárias 14 vezes em 11 partidas – 1,27 por duelo. Além disso, a retaguarda cedeu, pela primeira vez em uma competição na temporada, uma média inferior a um gol por jogo – foram apenas quatro na Copa Paulista, o que representa a melhor defesa da competição.

– Está dando certo, em quatro jogos, antes desses jogos, somamos seis gols, e na primeira fase fizemos seis gols naqueles seis jogos. A gente vem trabalhando muito nossa fase ofensiva, mecanismo, jogadas ensaiadas, movimentações e eles entendem isso muito bem. Estão de parabéns por terem aceitado essa ideia, esse novo modelo de jogo, e as coisas estão acontecendo – celebrou o treinador que, apesar de feliz, faz questão de manter os pés no chão antes do segundo jogo da final, que acontece fora de casa, neste domingo, às 11h.

– Mas vou repetir: não tem nada ganho, a gente precisa manter pé no chão sempre, essa semana vai ser importante, porque do outro lado tem uma equipe muito qualificada. Não é à toa que chegaram à final, conseguiram acesso para o Paulista, a vaga para a Série D. Tem que ter muito respeito pelo adversário.

O Botafogo pode ser derrotado pelo São Bernardo até por um gol de diferença que levanta o troféu pela primeira vez em sua história.

Agora, o time se prepara para enfrentar o São Bernardo novamente, mas agora no estádio Primeiro de Maio, no ABC, no próximo domingo, às 11h. O Pantera pode empatar e até perder por um gol de diferença que conquista o título.

.

.

.

Globo Esporte