Um projeto antigo para despoluir o rio Preto está saindo do papel em São José do Rio Preto (SP). O rio que deu o nome para a cidade vem sendo judiado pelos moradores. Ele nasce em Cedral (SP) passa por Rio Preto, onde abastece 30% da cidade e deságua no rio Turvo, em Pontes Gestal (SP).
Ao todo, o rio tem 122 quilômetros de extensão. Em boa parte desse trajeto o rio vem sendo maltratado e poluído, muito pelo lixo que é jogado nas ruas e chega até o rio pelas chuvas. São garrafas de todos os tipos, embalagens, plástico, isopor. O rio Preto é um dos mais sujos do Estado e isso prejudica os bichos. “Além de mudar o habitat natural dos animais, tanto aquáticos como terrestres, isso pode ocorrer risco aos animais”, afirma o tenente da Polícia Ambiental Emerson Mioranse.
O rio não é explorado para navegação e turismo, muito por causa da poluição em parte do trajeto. “Foi puro descaso das competências públicas e da falta de educação da população. Dos 122 quilômetros, temos 15 quilômetros com sujeira, poluído. Os demais são águas limpas navegáveis que pretendemos desenvolver o turismo”, a delegada regional do Turismo Célia Gomes.
A prefeitura de Rio Preto reconhece que grande parte da sujeira vem da maior cidade da região. Depois de várias denúncias, o poder público resolveu se mexer e, há três anos, montou um projeto para retirar o lixo. Mas só agora, o secretário de Meio Ambiente diz que, enfim, o projeto saiu do papel. “Isso é um trabalho de execução de serviço que não tem como mensurar o valor e as intervenções são várias, a cada dia em um lugar. Fizemos um aprimoramento de detalhes para ser possível a execução. Acredito que nos próximos 15, 20 dias deve sair a ordem de serviço para começar o serviço efetivamente”, afirma o secretário Clinger Gagliardi.