Jair Viana
Redação Publicado em 22/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h10
Jair Viana
Os produtores de borracha aguardam a decisão do governo sobre a manutenção da alíquota de 14% para a importação da borracha natural. O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Borracha – Abrabor – Fernando Guerra manifestou confiança sobre o atendimento à reivindicação do setor. O pedido foi encaminhado ontem.
A alíquota de importação de borracha natural foi elevada de 4% para 14%, com vigência de um ano, conforme decisão tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). A mudança atende reivindicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), encaminhada ao governo, em junho do ano passado.
Uma das justificativas da CNA para a alteração é o alto custo dos encargos trabalhistas enfrentados pela heveicultura brasileira em relação aos competidores internacionais, casos da Malásia, Tailândia, Vietnã, Índia e China.
No entender da CNA, a elevação do imposto de importação para borracha natural poderá trazer duas consequências relevantes: reorganização da cadeia produtiva da borracha natural no Brasil e o reinício das discussões técnicas capazes de levar à elaboração de um novo Plano de Desenvolvimento da Heveicultura, no decorrer dos próximos 12 meses.
Em entrevista ao BOM DIA, Fernando Guerra explicou a importância da manutenção da alíquota de 14%. ” A manutenção da taxa significa mais que preço. Significa um compromisso do governo com o produtor de borracha. Significa um reconhecimento da importância do setor”, disse.
Segundo Guerra, mantendo a taxa de 14%, o governo “encoraja a continuidade do investimento em novos plantios e formação de mão ”
Guerra observou ainda, que acredita na boa vontade do Ministro da Agricultura.
“Blairo Maggi está ciente e apoiando o produtor e está bem preparado e focado pela defesa da manutenção da elevação do imposto pelo período acordado”, explicou.
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