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Prisões de policiais no estado de SP crescem 28% em 2018

O número de policiais civis e militares presos em todo o estado de São Paulo pelas corregedorias das corporações cresceu 28% entre janeiro e agosto de 2018 na

Prisões de policiais no estado de SP crescem 28% em 2018
Prisões de policiais no estado de SP crescem 28% em 2018

Redação Publicado em 09/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h32


Foram 142 prisões, contra 111 no ano passado; detenções de PMs puxaram a alta nos números.

O número de policiais civis e militares presos em todo o estado de São Paulo pelas corregedorias das corporações cresceu 28% entre janeiro e agosto de 2018 na comparação com o mesmo período de 2017.

No período, houve um salto de 111 para 142 prisões, segundo apontam dados dos órgãos obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação.

Prisões de policiais no estado de São Paulo cresceram 28% em 2018

Prisões de policiais no estado de São Paulo cresceram 28% em 2018

De acordo com os dados oficiais, a alta foi puxada pelo aumento de 44% das detenções de PMs no estado ao longo dos oito primeiros meses deste ano. Entre os policiais militares, as prisões saltaram de 71 para 102 em um ano.

Segundo os dados oficiais, 40 policiais civis foram presos no Estado entre janeiro e agosto deste ano, mesmo número contabilizado no mesmo período de 2017

Principais crimes

As suspeitas de concussão, a extorsão cometida pelo policial em razão de sua profissão, foram as responsáveis pela maior quantidade de prisões dentre os crimes que são imputados aos 142 policiais presos entre janeiro e agosto deste ano.

Foram 42 casos. Homicídios, com 18 prisões, e peculato, o desvio de dinheiro ou outro bem realizado por servidor público, com 15 prisões, vêm atrás na lista de ilegalidades mais cometidas por esses policiais.

Na avaliação do ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Mariano, o aumento das prisões de policiais é, ao mesmo tempo, “uma notícia boa e ruim”. “Essa alta mostra o envolvimento maior de policiais com crimes graves, como peculato e homicídio, por exemplo. Porém, indica que os órgãos corregedores têm atuado com firmeza e prendido policiais que cometeram ilegalidades, o que é positivo. Tudo isso reforça uma recomendação da Ouvidoria, que defende uma independência cada vez maior desses órgãos corregedores”, diz Mariano.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que “a variação do número de policiais presos, seja para mais ou para menos, não obedece a um critério ou padrão, de modo que uma diminuição não deve ser comemorada, bem como uma elevação não deve causar preocupação”.

“Os dados obtidos pela reportagem atestam que as Corregedorias das polícias Civil e Militar têm um processo de depuração interna forte, que assegura a qualidade de seus serviços à sociedade”, disse o comunicado da pasta.

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