Os espelhos d'água na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, estão verdes: há sujeira, musgos e lixo na superfície. Além disso, o marco zero da cidade também
Redação Publicado em 08/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h36
Os espelhos d’água na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, estão verdes: há sujeira, musgos e lixo na superfície. Além disso, o marco zero da cidade também enfrenta problemas de iluminação, com luz só em frente à Catedral.
Frequentadores da praça dizem que não veem equipes de manutenção e limpeza dos espelhos d’água desde o início da pandemia, em março deste ano.
Silnana Medina costuma frequentar a Praça da Sé todos os dias há muitos anos. Na percepção dela, a praça já teve mais zeladoria e agora só tem percebido funcionários da prefeitura varrendo o chão e em algumas ocasiões cortando o gramado, quando ele está muito grande.
“Aqui é o Centro da cidade, a Catedral da Sé tá bem ali. Vem gente do mundo inteiro conhecer aqui, tirar foto. A prefeitura não vem nem tirar a água verde”.
De acordo com o Metrô, responsável pela manutenção dos espelhos d’água, há despejo irregular de lixo e a conservação do lugar é feita regularmente pela companhia, sendo que a próxima limpeza profunda, na qual toda água será trocada, está agendada para janeiro (veja mais a baixo).
Leila Roberta, que também frequenta a praça diariamente, se solidariza com os moradores de rua que se limpam nos espelhos d’água.
“É uma dó, eu vi ali a mulher tomando banho nessa água verde. A única coisa que a gente vê aqui é aquele negócio de limpar as mãos que passa na TV, mas em relação à pandemia não teve mais nada”.
Espelhos d’água na Praça da Sé, centro de São Paulo, têm água verde e lixos flutuando. — Foto: Vivian Souza / G1SP
Daniel Silva vende frutas todos os dias na Praça da Sé, e contou à reportagem do G1 que, desde o início da pandemia, ninguém faz a manutenção dos espelhos d’água, apesar de ter observado equipes limpando outros locais da praça.
Para ele, também há outra preocupação, a de que a falta de manutenção acabe tornando o ambiente propício à reprodução dos mosquitos da dengue.
“Ninguém vem limpar, eles (a prefeitura) molham aqui de vez em quando, mas lá (nos espelhos d’água) nada. É um perigo para pegar dengue. A água tá até verde”.
Espelhos d’água da Praça da Sé, centro de São Paulo, apresentam água esverdeada e crescimento de musgos. — Foto: Vivian Souza/G1SP
Eliane Nascimento mora em um prédio próximo à Praça da Sé, e diz que além do mal estado em que se encontram os espelhos d’água, durante a noite, a praça é pouco iluminada e não há muito policiamento.
“Já dá medo de passar quando tem uma iluminação, assim então piorou”
A professora conta que desde o início da pandemia houve uma queda na frequência de manutenção da praça e a iluminação também diminui, sendo limitada à frente da Catedral da Sé. Ela explica que as viaturas, “quando tem”, também ficam em frente a igreja.
Ao G1, a Gestão Municipal da Rede de Iluminação Pública (DGIP) informou “que a praça tem sofrido constantes ações de vandalismo com furtos de equipamentos de iluminação” e que após vistorias no local foi identificado “identificado diversos cabos partidos”, os quais estão passando por reparos a serem finalizados nesta segunda-feira (07) (veja mais a baixo). Uma moradora informou que depois da apuração do G1, a iluminação foi religada na noite desta segunda.
A moradora já participou de reuniões da Conseg (Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança) para reclamar da questão da segurança, porém a instituição a informou de que não haveria viaturas disponíveis.
“Sei que a segurança da praça é péssima, eu já desisti, sempre ouço a mesma resposta”.
O Metrô, responsável pela manutenção dos espelhos, afirmou que a situação em que eles se encontram se dá pelo mau uso e despejo irregular de lixo. Ele afirma que os espelhos d’água recebem cuidados regularmente, inclusive em relação à proliferação dos mosquitos da dengue.
“O espelho d’água da estação Sé sofre com o mau uso e o despejo irregular de lixo. A conservação do local é feita regularmente pelo Metrô, que também aplica produtos para a descontaminação da água e que age contra a proliferação do mosquito da dengue, além de manter equipamentos que movimentam a água, para evitar a aderência de sujeira.
A próxima limpeza profunda, que exige a retirada de toda a água, será feita em janeiro.”
Em relação à má iluminação da Praça da Sé, o DGIP informou por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, que isso se dá devido ao vandalismo e furtos dos equipamentos de iluminação do local. Após uma vistoria, o DGIP identificou diversos cabos partidos, que estão sendo reparados. Veja íntegra a baixo:
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Sé, esclarece que a Praça da Sé passa por zeladoria diária em três turnos, com serviços de varrição e lavagem.
O Departamento de Gestão Municipal da Rede de Iluminação Pública (DGIP) informa que a equipe de manutenção iniciou os reparos na rede de iluminação da Praça da Sé na sexta-feira (04), após ser identificado diversos cabos partidos devido a atos de vandalismo constantes na região. O problema foi resolvido parcialmente e hoje (07) os serviços serão concluídos.
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G1 – Globo.
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