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Redação Publicado em 12/03/2019, às 00h00 - Atualizado às 11h05
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O policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como o autor dos 13 tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, já foi homenageado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) há mais de 20 anos e foi vítima de atentado a bomba.
Lessa foi preso nesta terça-feira (12) na Operação Lume. Além dele, a força-tarefa prendeu Élcio Vieira de Queiroz, suspeito de dirigir o carro que perseguiu a vereadora. Os crimes completam um ano nesta semana.
Então terceiro-sargento da PM, Lessa recebeu uma moção de congratulações, aplausos e de louvor no fim do ano de 1998.
A homenagem foi do ex-deputado Pedro Fernandes Filho, já falecido, que era avô de Pedro Fernandes Neto (PDT), outro ex-parlamentar estadual que atualmente é secretário de Educação do governador Wilson Witzel (PSC). O autor da moção também é pai da vereadora Rosa Fernandes (MDB).
Segundo a família do ex-deputado, na época foram homenageados todos os 18 policiais do batalhão de Irajá (9º BPM) que realizaram uma prisão.
No texto, protocolado em 23 de novembro daquele ano, Fernandes justifica o prêmio pela maneira como Lessa e os outros policiais vinham “pautando sua vida profissional como policial militar do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM)”.
Pedro Fernandes Filho foi decano da Alerj, chegando à marca de 10 legislaturas. Na sua última eleição, no final da década de 2000, o ex-marinheiro e combatente da Segunda Guerra Mundial se elegeu pelo PFL com cerca de 47 mil votos.
O sargento reformado Ronnie Lessa perdeu uma das pernas em um ataque a bomba na Zona Norte do Rio, há 10 anos. Segundo a polícia, o autor do atentado tentou matar, também com explosivos, o contraventor Rogério de Andrade. Diogo Andrade, filho de Rogério, morreu na ocasião.
A explosão no carro de Lessa ocorreu quando ele passava com o seu carro, uma picape Hilux prata, pela Rua Mirinduba, a poucos metros do 9ª BPM (Rocha Miranda).
Após a explosão, o PM teria tentado saltar da picape, mas ficou preso ao cinto de segurança. Desgovernado, o carro percorreu uma distância de aproximadamente 150 m, até bater em um poste, deixando um rastro de sangue e combustível.
Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, apontado como motorista do carro que perseguiu a vereadora, foi expulso da Polícia Militar em 2015. O ex-PM foi preso nesta terça (12) no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, quando saía para trabalhar.
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