A Polícia Federal descobriu indícios de pagamento de propina de R$ 50 mil ao governador Luiz Fernando Pezão nas investigações da Operação Lava Jato, como
Redação Publicado em 21/06/2017, às 00h00 - Atualizado às 13h51
A Polícia Federal descobriu indícios de pagamento de propina de R$ 50 mil ao governador Luiz Fernando Pezão nas investigações da Operação Lava Jato, como informou o RJTV 1ª edição nesta quarta-feira (21). Segundo os agentes o nome do governador aparece numa troca de mensagens de celular de um operador do esquema chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral.
O documento cita mensagens encontradas no celular de Luiz Carlos Bezerra, identificado nas investigações da Lava Jato como homem da mala da quadrilha e indica entregas de dinheiro de Bezerra para Pezão.
O G1 entrou em contato com governador, que reafirmou, por meio de sua assessoria, que nunca recebeu recursos ilícitos e que continua à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos.
O relatório da PF indica que o atual governador recebeu a propina quando cita: “‘Pezão galo na 2ª’, ou seja, Pezão possivelmente receberá galo na segunda (GALO no ditado popular, significa 50, para o trecho em análise, R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais))”. O celular de Bezerra foi apreendido com na casa dele em novembro do ano passado, quando ele foi preso.
O relatório evidencia, ainda, a relação de proximidade entre Pezão e Bezerra. “Querido amigo e Exmo Governador Pezzone, Parabéns e felicidades 1000 pelo seu aniversário, que iremos comemorar muitos outros adiante. Vamos juntos amigo, a gente até everga, mas não quebra. Beijos e parabéns!!”, diz a mensagem.
O relatório foi feito no dia 6 de junho e encaminhado ao juiz Marcelo Bretas no dia 13. O juiz agora aguarda uma menção do Ministério Público para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o governador Pezão tem foto privilegiado.
Em depoimento, o delator Leandro Azevedo, ex-executivo da Odebrecht, disse que, em 2014, o ex-governador Sérgio Cabral comandou a negociação de doações ilegais para a campanha do sucessor, o atual governador Luiz Fernando Pezão. Leandro Azevedo contou que o ex-diretor de infraestrutura da empresa, Benedicto Júnior, fez o acerto com Sérgio Cabral.
“Benedicto me disse na época que combinou com Sergio Cabral uma operacionalização nesse valor, um valor significativo de 22, 23 milhões. Benedicto disse que esse valor seria feito atraves de valores nao contabilizados de caixa 2”, afirmou Leandro.
Benedicto Júnior detalhou aos procuradores da Lava-jato como foi a distribuição do dinheiro: “Os números que a gente levantou e tem comprovação eles montam alguma coisa de r$ 125 milhões. R$ 95 [milhões] diretamente ao governador Sérgio Cabral e outros 20 e poucos pagos na campanha do doutor Luiz Fernando Pezão”.
O diálogo do delator com os investigadores também mostram como foi a divisão dos recursos:
– Então seria 20 pro Pezão mais quanto para o Cabral?
– R$ 94 milhões.
– Para o Cabral…
– Para o Cabral. E aí outros 20,3 milhões em reais e US$ 1 milhão para o marqueteiro do Pezão, a pedido do governador Cabral.
Segundo Benedicto, os executivos consideraram os valores altos, mas disseram que decidiram contribuir por causa dos interesses da Odebrecht no Rio de Janeiro. “O objetivo da nossa doação era realmente a importância de continuidade da gestão do Sérgio Cabral. A Odebretch tinha muito investimento e gostaríamos de ter continuidade de governo para que nós não tivéssemos problemas”, disse.
Leandro Azevedo disse que o combinado era fazer os pagamentos para Renato Pereira, o dono da agência de publicidade Prole, que fazia a campanha do então candidato Luiz Fernando Pezão. “Definimos o valor que ia ser pago pro renato em torno de R$ 15 milhões, R$ 16 milhões e assim foi feito. O Renato entrou em contato comigo, combinamos que a operacionalização desses valores seria feita da mesma forma da outra, valores entregues na sede da prole com nome de recebimento do proprio Renato”, afirmou.
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