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Pesquisa da Famerp usa melatonina para combater câncer de mama

Uma pesquisa da Famerp, a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), conseguiu provar que uma das esperanças de uma melhora no tratamento contra o

Pesquisa da Famerp usa melatonina para combater câncer de mama
Pesquisa da Famerp usa melatonina para combater câncer de mama

Redação Publicado em 10/10/2016, às 00h00 - Atualizado às 08h57


Pesquisa dura três anos, sendo dois de pesquisa no Brasil e um nos EUA.
Resultado da pesquisa foi divulgado em importante revista internacional.

Uma pesquisa da Famerp, a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), conseguiu provar que uma das esperanças de uma melhora no tratamento contra o câncer de mama está na melatonina, hormônio produzido pelo corpo.

A pesquisa dura três anos, sendo dois anos de pesquisa no Brasil e um nos Estados Unidos. A pesquisadora Juliana Lopes passou esse período todo tentando provar, e conseguiu, que a melatonina reduz o crescimento das células cancerígenas. “Exames mostram imagens sem o tratamento com células-tronco de câncer de mama, estão em tamanho grande, mas com melatonina, as células foram reduzidas de tamanho e número. Foi importante porque consegui mostrar o que tinha proposto, verificar as células tronco e se a melatonina tinha efeito inibitório, isso foi importante”, afirma Juliana.

O resultado da pesquisa, coordenada pela professora e doutora Débora Zuccari, foi divulgado recentemente em uma importante revista internacional. “Está sendo muito bem recebido pela comunidade científica, esses resultados são efetivos e mostram a relação da melatonina com o câncer de mama”, afirma a doutora.

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo cérebro durante a noite, e é ela que regula o relógio biológico. “Ela controla diversos hormônios e com o estudo da melatonina foi observando que tinha efeitos antitumorais, ela controlava os efeitos e se mostrava benéfica”, afirma.

De acordo com os pesquisadores, a melatonina já tinha se mostrado eficiente no tratamento de outros tipos de câncer, por isso eles queriam testá-la no câncer de mama, um dos que mais matam no Brasil e que deve atingir só este ano quase 58 mil mulheres.

Juliana desenvolve o estudo com demais pesquisadores (Foto: Reprodução / TV TEM)

Juliana desenvolve o estudo com demais pesquisadores (Foto: Reprodução / TV TEM)

A ideia agora é usar a melatonina nas mulheres com câncer de mama e verificar como ela vai agir. Os pesquisadores acreditam que o hormônio poderá ser um importante aliado no tratamento e assim melhorar a qualidade de vida dessas pacientes. “É um tratamento fundamental que poderá ajudar muito na resposta, tanto na qualidade de vida das pacientes que se submetem a tratamentos agressivos, como também no sono e na resposta antioxidante e antitumoral que a medicação pode ter. Não é tratamento único, mas junto a outros tratamentos pode melhorar muito a qualidade de vida das mulheres”, afirma Débora.

Para quem conhece bem a doença, como a gerente administrativa Patrícia Mota de Marchi, qualquer pesquisa que tem como objetivo melhorar o diagnóstico e o tratamento vem como um alento. “Essas pesquisas ajudam muito, os exames, o tratamento, muito tempo atrás o câncer era uma sentença de morte, agora é uma doença passível de cura”, afirma.

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