Neste mês de outubro, a Penitenciária Feminina de Pirajuí (SP) realizou pelo segundo ano um concurso de beleza que faz parte das ações de ressocialização das
Redação Publicado em 29/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h48
Neste mês de outubro, a Penitenciária Feminina de Pirajuí (SP) realizou pelo segundo ano um concurso de beleza que faz parte das ações de ressocialização das detentas. E nessa edição, o concurso Miss Primavera contou com uma nova categoria para valorizar a beleza dos presos transgêneros. Erick, de 22 anos, recebeu o título de Mister Primavera deste ano.
“Nós nos sentimos valorizados e felizes. Ainda existe muito preconceito, mas temos ganhado espaço na sociedade e isso é muito importante”, conta o jovem.
Já a segunda edição do Miss Primavera teve cerca de 250 reenducandas inscritas e 32 participaram da final do concurso. A detenta Karina dos Santos foi a vencedora. Ela está presa há nove meses por envolvimento com o tráfico de drogas e conta que essas ações fortalecem a autoestima.
“Estou muito feliz. O concurso de beleza nos mostrou que somos valorizadas e nos faz lembrar que somos mulheres bonitas, mesmo estando atrás das grades.”
Para ela, momentos assim, que promovem ressocialização, ajudam a amenizar a saudade dos familiares e também incentivam a busca por um futuro melhor.
“É muito triste estar presa, longe da família e dos filhos. É muita saudade. Mas atividades como essa nos faz aumentar a autoestima e também serve pra lembrar que logo estaremos livres novamente. E sempre foi meu sonho me tornar uma advogada, e pretendo correr atrás dele quando sair daqui.”
Além da Miss e do Mister Primavera, o concurso também elegeu a Miss Plus Size, categoria vencida por Cintia da Silva, a Miss Simpatia, Sueli Ermelinda de Jesus, e a Princesa Primavera, Natalia Denoni. As candidatas ganharam um dia de beleza para participar do desfile, que contou com apresentações musicais e de dança.
A diretora da unidade, Graziella Costa, conta que todas as etapas do concurso foram acompanhadas por uma equipe que está produzindo um documentário sobre projetos de ressocialização em unidades prisionais.
“Trabalhar a ressocialização com a mulher presa traz vários tipos de sentimentos, além dos valores básicos conquistados com o estudo e o trabalho, é importante também a busca da autoestima perdida, ressalta acima de qualquer coisa o resgate da importância da mulher na sociedade como um todo, e ainda que ela pode ser bela, independente da condição social em que ela vive, ou está inserida neste momento”, ressalta.
Ainda de acordo com Graziella, as imagens e depoimentos colhidos na penitenciária farão parte desse documentário que será lançado em festivais de cinema na Europa. O interesse da equipe pelo evento demonstra a importância de ações como essas dentro da penitenciária.
“A positividade deste evento pode ser vista sobremaneira no aspecto comportamental dessas mulheres que se envolvem com o projeto, criando além de tudo um clima menos tenso dentro da unidade prisional.”
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