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Partido Novo decide não apoiar ninguém no segundo turno das eleições presidenciais

O Partido Novo confirmou nesta terça-feira (9) que não vai apoiar nem Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições

Partido Novo decide não apoiar ninguém no segundo turno das eleições presidenciais
Partido Novo decide não apoiar ninguém no segundo turno das eleições presidenciais

Redação Publicado em 09/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h19


Apesar de não definir apoio, o partido de João Amoêdo declarou ser contrário ao PT, de Fernando Haddad

O Partido Novo confirmou nesta terça-feira (9) que não vai apoiar nem Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições presidenciais. No entanto, a sigla declarou, em nota aos militantes, que é “absolutamente” contrária ao PT, que, segundo o Novo, “tem ideias e práticas opostas às nossas”.

O Novo teve João Amoêdo como candidato à Presidência. Ele conseguiu 2,5% dos votos válidos e ficou na quinta colocação, à frente de outros presidenciáveis com mais tempo de televisão como Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Alvaro Dias (Pode).

Parte significativa da direção do Novo queria o apoio a Bolsonaro, principalmente em razão da agenda econômica e do discurso antipetista, que agrada à militância do partido. Pesaram contra os riscos de apoiar o candidato do PSL e, lá na frente, um eventual governo dele não funcionar – ou atuar da maneira tradicional, principalmente na construção de maiorias no Congresso. A conta certamente seria apresentada à legenda, que tenta se apresentar como uma novidade na política.

O Novo tenta assim blindar o partido, de modo a conservar o capital eleitoral de Amoêdo, que deve ser candidato à Presidência novamente em 2022. Apesar disso, as críticas ao PT na nota distribuída pelo partido e a ausência de menções a Bolsonaro evidenciam o alinhamento do Novo ao candidato do PSL.

Sem fazer coligações nos estados nem usar verba do fundo partidário, o Novo também colocou Romeu Zema no segundo turno da eleição para governador em Minas Gerais, contra Antonio Anastasia (PSDB). Além disso, o partido terá oito parlamentares na Câmara dos Deputados.

Dia de definir apoios

O PSB e o PSDB devem definir, também nesta terça-feira, se apoiam ou não algum dos dois candidatos à Presidência no segundo turno.

Individualmente, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, declarou no domingo que votará em Jair Bolsonaro. A posição da sigla, do presidenciável derrotado Geraldo Alckmin, ainda não foi definida.

O PSB, em agosto, decidiu não se coligar nem apoiar formalmente nenhum presidenciável. A legenda, no entanto, vetou “rigorosamente” qualquer tipo de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), vista pelo partido como uma “ameaça à democracia e aos direitos humanos”.

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